quinta-feira, 22 de abril de 2010

De volta a casa

Bem o que era para ser uma mera viagem a Roma, para visitar o que a cidade de mais belo tem, e assim foi, mas não só também houveram algumas peripécias, entre elas teermos ficado 4 dias no aeroporto devido ao cancelamento do voo.
Para saberem melhor como correu leiam o blog: http://www.emrcidjv.blogspot.com/
fui eu que escrevi grande parte dos textos, com a supervisão, opinião e ajuda do professor Belmiro Santos.




Dentro do Coliseu

terça-feira, 13 de abril de 2010

Boa semana

Faz algum tempo que não postava neste blog por motivos de índole similar a esta, estive em imensas actividades, andei ocupadíssimo em certas organizações, houve a semana cultural, parlamento Jovem, Festival da Canção Diocesana do meu grupo de Jovens onde ganhámos prémio "Melhor Interpretação" e 2º Lugar da geral, houve a famosa Semana Cultural, que me dava pano para mangas para um bom texto, fui de férias, houve Lloret, que só por si, mais a fantástica experiência dava uma obra integral, cheia de bons capítulos, tive ainda o início de aulas, e nada, nunca me referi uma única vez sobre algum destes temas aqui, contudo hoje vou voltar a postar algo deste registo. De amanhã, dia 14, até Domingo dia 18, estou em Itália, Roma. Uma viagem, que anseio, confesso que, não lhe ponho as mais altas expectativas, mas expero-a ansiosamente. Uma oportunidade que não sei quando terei outra idêntica. Mas no meio disto hoje fiquei um pouco triste com o sarcasmo utilizado, por alguém, dizendo, "Deves sentir muito a nossa falta, deves!", a verdade é que sim, vocês são as pessoas que me acompanham no meu dia-a-dia, são os meus pilares, eu posso não ser das melhores pessoas, mas adoro-vos a todos, desde o(a) mais rabugento(a) ao mais cómico e desleixado, passando por todos sem excepção. E digo-o com todas as letras: Esta viagem com vocês seria um milhão de vezes melhor.
Não refiro nomes, mas acho que as pessoas abrangidas sabem que é a elas que me dirijo.
Uma boa semana a quem eu não me puder despedir pessoalmente.
Beijos e abraços, deste cromo ;)

sexta-feira, 9 de abril de 2010

O Guardião Desconhecido - Batalha final

Ricastin estava no recinto da escola, mas tudo estava deserto e escuro. Um arrepio percorreu todo o corpo de Ricastin. Algo não estava certo, apesar da escuridão notava-se que estávamos em pleno dia. Onde se tinha metido toda a gente?
Ricastin começou a vaguear pelo recinto da escola chamando por alguém, numa tentativa de perceber o que se passava, mas ninguém apareceu toda a zona, mesmo para além da escola parecia uma cidade fantasma.
- Onde é que se meteram todos? - murmurou Ricastin.
- Precisava de ossos para formar o meu vale para acordar o meus súbitos. - Disse uma voz gélida por detrás de Ricastin. Uma voz que fez com que todo o seu corpo paralisasse como que gelado pelo medo. Mesmo ciente dos poderes que tinha Ricastin sentiu-se aterrorizado.
Voltou-se lentamente para perceber de onde viera a voz, mas ao fazê-lo estancou-se com um horror tremendo, o qual nem forças para gritar lhe dava. Era uma figura medonha, de silhueta humana, mas completamente desfigurada, com o manto negro rasgado e coberto de sangue, com uma mão negra de dedos longos, pontiagudos e esqueléticos e no outro braço possuía uma garra capaz de cortar ferro com a maior das facilidades. Estava rodeado de escuridão e de um odor a putrefacção que tirava os sentidos. Para além disto a criatura emitia um horror de si que paralisava qualquer um. Atrás de si vinha um grupo de pessoas eram os alunos da escola de Ricastin. Estavam todos hipnotizados, com os olhos vazios, seguindo aquela figura para o seu fim.
Subitamente Ricastin ganhou forças para falar e perguntou a gaguejar:
- Q-quem és tu?
A criatura ri-se gelidamente.
- Não me reconheces guardião? É normal, até agora só enfrentaste os meus soldados, não me surpreende que não me reconheças. Eu sou o mal, sou tudo o que há de contrário ao bem, sou o par oposto que apareceu com o teu criador e foi subjugado, mas agora voltei! Podes me tratar por Gogue, Senhor do Mal.
- T-tu f-foste a-aniquilado no início dos t-tempos!
- Aniquilado? Não. O teu criador ainda não tinha maturidade para isso. Só conseguiu criar um fosso mais fundo que o Infermo para lá me aprisionar... até ao dia de hoje.
A criatura soltou uma gargalhada que gelou o coração de Ricastin.Ricastin sentia que todo e qualquer sentimento bom lhe tinham fugido da alma. Estava desorientado e aterrorizado, mas, subitamente, da sua espada saiu um calor e um brilho que lhe deram um alento e energia que dissiparam todo o medo.
Ricastin segurou firmemente a sua espada que brilhava e vibrava fortemente na sua mão.
- Liberta os meus colegas!
A criatura soltou uma gargalhada ainda mais forte, mas esta não abalou minimamente Ricastin.
- Muito bem. - disse a criatura - Eu liberto os teus amigos... se me derrotares. Caso contrário fico com eles... e com essa tua espada, o que não era necessário dizer, pois não vais sobreviver para a guardares. - soltou outra gargalhada horripilante.
- Que seja! - disse Ricastin assumindo uma postura firme - Mas quero-os a salvo durante a luta.
- E estarão.
Ao dizer isto Gogue fez um gesto com a sua mão horrenda e uma jaula de escuridão envolveu os colegas de Ricastin, deixando-os aterrorizados, pois despertaram da hipnose em que se encontravam.
- Quero que eles vejam a tua destruição. Vai ser um espectáculo, no que depender de mim, inesquecível. Também não viverão muito mais para o recordar. - Riu-se novo.
- Veremos. - Disse Ricastin secamente, enquanto a sua espada aquecia e brilhava cada vez mais. A cabeça de leão do núcleo parecia agitar-se e rugir. Ricastin sentia um enorme poder a emergir da espada. Estava confiante, mas receoso.
Subitamente a escuridão adensou-se e o vulto de Gogue desapareceu, deixando Ricastin desorientado. Um nevoeiro imensamente denso apareceu. Ricastin vislumbrava, por vezes, o vulto de Gogue, mas este desaparecia no mesmo instante. Ricastin, numa tentativa de ganhar campo de visão afastou o nevoeiro de si criando um círculo limpo à sua volta, num raio de alguns metros, mas continuava confuso sem saber o que fazer, pois o seu inimigo era demasiado arguto.
Inesperadamente, Gogue aparece nas costas de Ricastin projectando-o contra a jaula que havia criado para os alunos.
- Quero que sofras até ao último instante. Vai ser uma luta longa. - Voltou a soltar uma das suas gargalhadas gélidas.
- Vai durar menos do que esperas. - disse Ricastin lançando um raio da sua espada na direcção de Gogue.
- É tudo o que tens? - Gogue nem estremecera com o relâmpago.
Ricastin invocou de novo o vortex de fogo, mas este foi todo sugado pela mão de Gogue, com uma facilidade extrema.
Ricastin começava a sentir-se cada vez mais aterrorizado.
Gogue avançou para ele, imune a qualquer raio, chama ou ataque que Riscastin invocasse, e ao chegar a ele agarou-lhe a face com a sua mão horrenda, fazendo com que este sentisse todo o seu corpo a arder, e soltasse os mais agonizantes gritos que alguém alguma vez ouvira, devido às enormes dores que sentia, era como se todo o seu corpo estivesse a arder e a ser consumido lentamente por dentro, célula a célula.
Gogue arremessou-o contra um dos edifícios da escola, fazendo, com que todo o edifício ruísse sobre Ricastin. Não havia sinal dele. Ninguém sobreviveria a um golpe daqueles, todos os seus colegas estavam aterrorizados, e grande parte deles chorava incessantemente.
- Não chorem meninos, o espectáculo ainda nem a meio vai. - Ironizou Gogue.
- Descansa que está prestes a terminar. - Disse Ricastin levantando-se debaixo dos destroços e projectando-os todos contra o corpo de Gogue, os quais se desfizeram todos em pó ao embater no seu corpo, desde pedra a ferro, nada afectara a criatura.
- Nem cócegas és capaz de me fazer "Grande Guardião". - disse Gogue em tom de escárnio.
- Será? - disse Ricastin aparecendo entre o pó, em frente a Gogue com a sua espada a emanar um brilho vermelho fortíssimo, o mesmo brilho que destruiu o Leviathan, mas ao dar o golpe, Gogue colocou a sua garra a defender o golpe e a espada de Ricastin voltou-se a dividir, nas duas espadas inicias, com o núcleo e Ricastin a rolar pelo chão.
Ricastin sentia-se fraco. Sentia que a sua essência se estava a desvanecer. Era o seu fim e de tudo o resto.
- Já não te sentes tão confiante pois não? - disse Gogue em tom de satisfação, apesar de a sua garra ter ficado desfeita - Vejamos o quão tolerante és à dor. - Ao dizer isto Gogue, à distância, elevou Ricastin no ar, e ao fechar a sua mão, Ricastin sentiu que todo o seu corpo era osso e que lhe estavam a quebrar todos os pedaços ao mesmo tempo, simultaneamente, com uma sensação de imensas agulhas a entrarem em todas as zonas do corpo, era a dor mais horrível que alguma vez se podia sentir.
Ricastin sentia que já não possuía forças para mais. Ia desistir naquele instante, mas subitamente a voz do criador falou-lhe dentro da sua cabeça: "Nunca percas a esperança. Eu estou sempre em ti.", "E eu nunca te abandonarei", era a voz de Le Jo, mas esta parecia tão material, que Ricastin quase que sentia a sua presença, não tivesse assistido à sua morte.
Um enorme silêncio assolou toda a área e, subitamente, uma brisa afastou o nevoeiro e um clarão de luz foi-se aproximando. Era a silhueta de uma mulher, uma jovem... era Le Jo. Num novo corpo, ainda mais bela do que antes, cabelos castanhos, com um ligeiro toque de ruivo, pele clara, olhos brilhantes cor de mel, com um corpo esbelto, de silhueta bem definida, todo ele rodeado de um brilho ofuscante, mas por baixo de toda esta aparência estava um poder imenso.
Com um simples gesto arremessou Gogue, libertou Ricastin e agarrou as espadas que estavam prostradas pelo chão, bem como o núcleo da espada de Ricastin. Ao tocar nas suas mãos a sua espada fervilhou, bem como a de Ricastin ao voltar para as suas mãos, com o seu núcleo vermelho colocado. Ricastin subitamente sentiu-se mais forte que nunca, com Le Jo ao seu lado, eles eram o Alfa e o Ómega, juntos nada os derrotará.
- Estou a ver que vou ter mais diversão. - disse Gogue em tom sarcástico, levantando-se.
- Pena que a diversão esteja para chegar ao fim. - Sorriu Le Jo, afinal de contas ela era a Escolhida. Ricastin apenas a protegia do uso incorrecto dos seus próprios poderes, que estavam todos aprisionados no núcleo da espada de Ricastin, poderes esses que nunca haviam sido antes libertados. Era altura de partir o núcleo e libertar o poder nele contigo.
Ricastin colocou a sua espada no chão com a espera colocada, pois aquelas duas espadas eram os únicos objectos capazes de infligir qualquer dano àquela esfera, e Le Jo desferiu um golpe na esfera com a sua espada.
A esfera partira-se. Uma enorme nuvem de luz envolveu, não só Le Jo, mas também Ricastin. Ambos foram envoltos por uma película brilhante e quente, transformando-se numa malha metálica fina e brilhante que os envolvia.
A nuvem dissipou-se ambos empunhavam as suas espadas e usavam, uma malha metálica finíssima e levíssima indestrutível, com a cabeça de um Leão a rugir gravada no peito de cada um. A malha brilhava de uma forma única e era perfeita ao corpo de cada um, era a armadura perfeita, forjada por aquele cujo o símbolo é o Leão, o Rei do Reis.
Gogue invocou um grupo de dragões que os atacaram, mas estes foram reduzidos a cinzas com simples gestos de Ricastin e Le Jo.
Os nossos heróis entreolharam-se lendo a mente de cada um. Sabiam o que fazer. As suas espadas possuíam agora dois núcleos distintos, um prateado e outro dourado. Era tempo de fundirem os núcleos e desferirem o golpe final.
Largaram as espadas e uniram as mãos de modo a que os núcleos se unissem. Toda a escuridão se dissipou, uma enorme luz envolveu toda a zona. A terra começou a tremer e um feixe de luz em forma de leão projectou-se na direcção de Gogue dissolvendo-o por completo. Todo o mal havia sido destruído, toda a escuridão e destruição circundantes foram substituídos por luz e por uma efervescência de vida únicos. O paraíso tinha voltado à Terra, para enterrar o inferno que tentara tomar conta de tudo.


Ricastin acordou. Estava no seu quarto.
- Porra! Tudo isto foi... um sonho? - Ao acabar estas palavras, um sorriso encheu a cara de Ricastin, Le Jo dormia ao seu lado, e uma luz casada com o chilrear dos pássaros entrava pela janela.
Duas espadas jaziam ao fundo da cama.
Talvez não tenha sido um sonho...