quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Twenty Ten!

Falaram-me dos desejos para 2010 e eu apenas me lembrei de uma coisa, para além do trivial da paz no mundo acabar com a fome, etc etc que todos dizem porque fica bem, mas ninguém faz realmente algo. Eu fui mais egoísta pensei em mim e nos que me rodeiam proximamente, nomeadamente a família e os amigos mais chegados. Desejo acima de tudo saúde e felicidade, mas espero que 2010 me traga aquele sentimento de estabilidade que todos procuramos, não digo uma estabilidade monetária, obviamente que também a desejo e também, mas uma estabilidade dentro de mim, talvez realização seja a melhor palavra ou algo entre as duas. Aparece também a diversão algo que há muito ambiciono para para este ano, a tão famigerada viagem de finalistas, que será complementada ainda com um aida posterior a Itália.
Final do secundário, entrada numa nova etapa da minha vida, algo que espero fazer com o pé direito e espero escolher o caminho certo para a minha felicidade e realização. Sei que me vou afastar geograficamente de pessoas muito chegadas, mas espero que esses laços não enfraqueçam, mas sim se fortaleçam! Como disse um dia uma grande amiga: "Depois quando nos separarmos, vai ser tão fixe juntarmo-nos em casa uns dos outros e vamos cozinhar todos juntos e conviver." Desejo que isto seja uma constante na minha vida futura.
O sucesso é outra meta que pertendo quer na escola como no projecto da associação de estudantes quer em muitas mais coisas que estou envolvido. Desejo atingir os objectivos que tenho delimitados, mas sei que sem esforço tal não acontecerá.
E mais desejo intrinsecamente, coisas fúteis e menos fúteis, úteis e menos úteis, na minha cabeça passam como carros numa autoestrada, rapidamente, mas os seus pneus deixam a marca.
Feliz 2010 para quem ler este texto, os restantes não o precisam daqui pois que vale algo dirigido a nós se não o vemos? Mas o desejo é o mesmo.
Que 2010 seja o ano das boas mudanças para todos ;)

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Guardião Desconhecido - Parte X

Toda a área estava a ferver, as rochas que não tinham derretido estavam brilhantes devido às altas temperaturas a que se encontravam, havendo pequenos poços de lava fervilhante ao longo do terreno.
Ricastin encontrava-se com uma ira estranha nos olhos, capaz de dizimar qualquer ser vivo apenas com o olhar, mas nem isso demovia o poderoso Leviathan, que quase parecia alheio à destruição que acabara de acontecer, mas batalhava constantemente para se libertar daquele lago e poder mostrar a sua própria destruição e tal parecia bastante próximo de acontecer. O vortéx enfraquecera as forças que o mantinham preso.
Ricastin acalmou. Pressentiu o que estava para acontecer. Sabia que se o Leviathan se libertasse, apenas o seu Criador o poderia travar. Não conhecia outro poder capaz de o travar. Tinha de agir rápido. Foi então que Ricastin reparou num brilho peculiar que se destacava no meio da rocha fluida. Era a espada de Le Jo, intacta como se nada tivesse passado por ela.
Ricastin avançou na direcção da espada, mas ao aperceber-se o Leviathan começou a expelir jorros de fogo pela boca, numa tentativa de o impedir. Devia estar a pressentir algo, pois parou de se tentar libertar por instantes, mas o fogo que expelia parecia não surtir qualquer efeito em Ricastin.
Ricastin pegou na espada de Le Jo com uma das mãos enquanto segurava a sua na outra. Sentiu algo na espada, como se a essência de Le Jo estivesse nela. Ambas as espadas estremeceram e fugiram das mãos de Ricastin sem este as conseguir segurar. Uma luz brilhou entre as espadas e a esfera contida na espada de Ricastin mergulhou na luz, tornando a luz vermelho vivo da cor da esfera. A luz e o Testemunho fundiram-se. A luz vermelha assumiu a forma de uma cabeça de Leão enquanto ambas as espadas se aproximavam da luz...e.... subitamente os 3 objectos fundiram-se num só emanando uma luz intensa que envolveu Ricastin e, pela primeira vez, algo pareceu cegar o Leviathan.
A luz acalmou. Ricastin apareceu no meio dela de tronco nu, com o seu corpo a emanar uma luz intensa quase como se de uma estátua de bronze se tratasse e com uma nova espada nas mãos de uma tonalidade entre o dourado e o prateado, emanando um brilho que tornava quase impossível olhá-la directamente, pelo menos para uma criatura normal. E no seu núcleo encontrava-se um disco vermelho brilhante com a face de um Leão a rugir gravada.
A postura de Ricastin mudara. Estava sério e sereno. Sabia agora o que fazer.
Aproximou-se da margem do lago e agitou a espada uma única vez.
A água do lago que, devido as forças que prendiam o Leviathan, sobreviveu ao vortex, começou a rodopiar em círculos à volta do Leviathan e começou a formar uma cúpula em volta deste.
Após a cúpula estar formada, Ricastin cravou a espada numa rocha que emergiu das águas do lago e subitamente ocorreu uma explosão que expeliu toda a água do lago. Juntamente como outros materiais circundantes, foi uma enorme onda de energia.
Já estava. O Leviathan havia sido libertado, ficando assim em controlo de todos os seus poderes, graças aos quais pode falar a língua dos homens, dizendo o seguinte a Ricastin, num estado de surpresa, mas de satisfação, com uma voz grotesca e cavernal:
- Hahaha! Tens noção do que vai acontecer graças a me teres libertado? Acabaste de assinar a morte deste mísero planeta!
- Se eu fosse a ti não tinha tanta certeza! - retorquiu Ricastin, sem alterar a sua postura pesada.
- HAHAHA! - deu o Leviathan uma enorme gargalhada - Apenas o teu criador me pode deter e quando ele chegar já será um pouco tarde. E acho que te vou deixar assistir a toda a destruição e apenas acabo contigo no final. Afinal de contas libertaste-me! hahaha.
- Tens razã0 libertei-te. Mas não me parece que vá assistir a qualquer destruição causada por ti.
- Desculpa, mas mesmo tendo sido tu a libertar-me não me parece que vá poupar os teus humanos queridos ou este planeta mesquinho. - Ironizou o Leviathan.
- Não de pedi nada. - Respondeu Ricastin, mostrando um ligeiro sorriso agora no rosto! - Simplesmente não viverás mais para causar qualquer destruição.
- Como assim? Tu não possuis poder para me causar qualquer dano! Viste que o teu vortex não surtiu qualquer efeito em mim. E usaste quase toda a tua força nele. E como disse o teu Criador ainda demora a chegar. - respondeu o Leviathan, mostrando agora algum receio.
- Será mesmo preciso o meu Criador? Nunca ouviste dizer que por vezes o discípulo atinge o nível do mestre em certos pontos?
- Não neste caso, precisarias de ser um Deus, para me causar qualquer dano!
- E quem disse que não sou?
Mal acabou de proferir estas palavras, Ricastin saltou na direcção do Leviathan. Este ainda lhe lançou alguns ataques mágicos, mas todos sem efeito.
A sua espada encheu-se de um brilho vermelho vivo e emanou um raio, o qual assumiu a forma de um Leão e, num único gesto, cortou o Leviathan em duas partes simétricas. Ouviu-se um gemido do enorme dragão. O seu último. As duas partes do seu corpo começaram a arder e tudo se transformou em cinzas.
Toda a área estava completamente destruída. Rochas derretidas, lagos de lava, o lago completamente seco, não existia qualquer forma de vida num raio de muitos quilómetros, apenas rocha destruída a fumegar.
Ricastin viu toda a destruição e subiu a voar consideravelmente alto de forma a abranger toda a área afectada com o olhar. Então abriu a sua mão e um brilho caiu lentamente dela. O brilho explodiu e espalhou-se por toda a área.
Tudo ficara verdejante e cheio de vida. Melhor que anteriormente.
Ricastin sentia-se bem, mas não conseguia descobrir onde se encontrava. Precisava de voltar à sua vida normal de humano, pois apesar de ser o que era, era agora um humano normal aos olhos dos outros.
Subitamente, Ricastin sentiu-se a ser sugado por algo. Tudo ficou desfocado. Estava de volta ao recinto da escola onde estivera com o corpo de Le Jo.
Algo estava ainda por resolver...

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Feliz Natal Parvo (mas meu) XD

Que comas muitos amendoins este verão,
E não apanhes nenhum escaldão!
Feliz Natal nigga!
Curtes a minha rima?
Saiu-me da barriga

Feliz Natal Pessoal ainda que atrasado

sábado, 19 de dezembro de 2009

Big hard week

Chamam-lhe a última semana de aulas e dizem que já não se faz nada. Bem esta minha última semana de aulas eu fiz tudo menos nada. A começar por actividades desportivas: corta-mato, hora a nadar, mega sprint e mega kilómetro que ao fim dos três dias me deixaram legeiramente cansado, mas depois veio algo que me cansou muito mais: elaboração do portfólio de área de projecto, quase até as 5 da manha para ter um dossier de 130 páfinas elaborado, para depois me dizerem que não devia ter paginado as folhas pois o portfólio é algo em construcção. Depois ensaios para a festa de Natal da escola, este ano algo diferente e arrojado. Iria abrir a festa com uma declaração de paz à semelhança do que acontece na Finlândia, que iria abrir a festa: O Natal pelo Mundo, mas a minha participação não ficaria por aí eu iria ser uma espécie de Rajah num harém indiano com 8 lindas meninas a dançarem para mim (lindo *.*) e nada melhor que no ensaio fazer um battle, muito hip-hop contra o Jeremy, onde eu claro com todo o meu charme o deitei por terra com um ranchozinho XD. 6ª feira chegou a festa com todas as participações que estavam destinadas e tinham sido ensaiadas e ainda a entrega solidária feita por mim, pelo Alex e pela professora Gina, já para não falar que andei todo o dia "infiltrado nos ensaios da peça do Natal na Austrália, onde me fartei de fazer maluquices no trampolim por puro divertimento, diverti-me imenso com isso. Saltar directamente para o cesto de basquet com o trampolim - Demais! e com uns mortais e saltos de peixe à mistura, divinal! Após a festa - outra festa na Disco Heaven Sent Club, onde o ambiente foi do melhor, pessoal divertiu-se em grande. Agora só em 2010 devo voltar a ter assim uma semana, mas já sem o trampolim, algo que no fim da festa de Natal não resisti a dar mais uns saltos, pois não sei quando terei outra oportunidade de utilizar este aparelho, pois ginástica acabou.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Guardião Desconhecido - Parte IX

A tempestade adensara-se. A visibilidade era quase nula num raio de poucos metros. Contudo, Ricastin conseguia ver perfeitamente a silhueta de Cols Skernh, completamente curvada, parecendo um minúsculo druida vestido de preto. As suas mãos fumegavam e nelas, com grande esforço, segurava a espada dourada que pertencera a Lee Jo. Os seus olhos escuros e vazios reluziam da dor causada pela espada, e da maldade que neles residia. A sua pele completamente despigmentada contrastava com toda a escuridão que o cercava. A sua cara encontrava-se quase disforme com duas fendas no lugar do nariz e uma boca completamente deformada. Mais atrás Saitha, completamente envolto em escuridão tornara-se um espectador. A sua estatura alta e o facto de toda a sua figura ser escuridão, era um espectro, não se podia classificar como uma figura humana ou de algo que se conhecesse, era uma silhueta aproximadamente humana formada de escuridão pura. Apenas a capa e capuz que usava lhe davam a silhueta que possuía, por baixo nada a não ser escuridão se encontrava.
Ricastin até aí um rapaz de estatura normal, que não impunha grande respeito, assumiu uma postura austera e inabalável, segurando firmemente a espada e fitando o inimigo como um predador que se prepara para atacar a presa.
Cols levantou a espada e bateu com ela no lago. A espada desapareceu. Tudo pareceu parar por momentos. A queda do corpo inerte de Cols foi o único movimento num raio de quilómetros. O próprio Ricastin sentiu a sua respiração parar pois tinha noção do que se aproximava. No meio da escuridão os olhos de Saitha brilharam, se é que se pode dizer que tal criatura tem olhos, por baixo do seu capuz e murmurou algo numa língua incompreensível.
Ricastin sabia o que aí vinha. Não estava preparado para tal, nada o está.
Subitamente as águas do lago começaram a formar um intenso remoinho e um enorme rugido foi ouvido. O Leviathan erguera-se contudo ainda aprisionado. Faltava uma chave final, mas mesmo assim é das coisas mais aterradoras que se pode enfrentar, mesmo aprisionado. Um enorme dragão, verde-negro, com uma crista altamente irrigada por vasos sanguíneos, se sangue se pode chamar ao líquido que lhe corre, dando uma tonalidade quase roxa ao verde. Possuía um intermédio entre barbatanas e pernas, talvez tanto tempo aprisionado na água o tivesse feito regredir as patas. A Lenda do Mostro do Lock Ness estava viva só que em versão mais aterradora e poderosa. Os seus dentes estavam dispostos como serras e o seu hálito exalava putrefacção. Não possuía asas se tal acessório lhe puseram, mas se não tivesse aprisionado voaria mais alto e mais rápido que qualquer criatura que conheçam.
Ao aparecer à superfície como que uma explosão varreu toda a zona circundante num raio de centenas de metros, apenas Ricastin e Saitha permaneceram imóveis tudo o resto fora aniquilado.
A criatura encontrava-se agitada, apesar de livre ainda se encontrava presa, faltava a última chave... o núcleo da espada do Guardião. O que significava que Ricastin teria que lutar contra a fúria da criatura presa e a escuridão de Saitha em simultâneo para proteger o núcleo.
Saitha desembainhou uma espada negra quase disforme, uma lâmina negra ondulada irregularmente era tudo o que se conseguia aperceber. Avançou e enunciou umas palavras numa língua incompreensível e Ricastin foi arremessado vários metros por terra. Saitha riu-se e disse:
- Nunca imaginei o Guardião tão fácil de derrotar! Um simples feitiço e és arremessado por terra? Nem quero imaginar o que te aconteceria se o Leviathan te atacasse a sério. Eras vaporizado? AHAHAHAHHA
Ricastin não respondeu. Levantou-se morosamente sem nunca largar a espada. Olhou severamente os seus inimigos e uma brisa soprou por toda a zona devastada. O chão tremeu. Uma chama envolveu a espada de Ricastin e os seus olhos brilharam fortemente. A sua estatura pareceu aumentar e uma armadura de prata lhe cobriu o peito. O símbolo de um leão estava cravado na fronte. Um leão esmagando uma serpente.
Ricastin ergueu a mão esquerda e uma onda de energia se propagou pelo ar arremessando Saitha e abalando o Leviathan.
Saitha voltou a sorrir e disse e tom de ironia:
- É isto o teu melhor? O Grande Guardião só consegue dar isto?
- Veremos...- Respondeu Riscatin. E continuou lentamente a avançar na direcção de Saitha, completamente imune a todos os feitiços que este lhe enviava.
A terra tremia e o céu encontrava-se completamente negro. Enormes rajadas de vento cortavam o ar, e as espadas de ambos encontraram-se. Saitha voltou a ser arremessado, mas desta vez invocou uma massa de energia negra que estava a consumir tudo à sua volta e aproximava-se de Ricastin.
Atingiu-o. A sua armadura partiu-se e Ricastin caiu inerte no chão. Parecia o fim. Tudo estava acabado.
A mente de Ricastin estava um turbilhão, mas de repente acalmou, uma voz o chamara, uma voz familiar. Era a voz de Le Jo.
- Ergue-te e mostra o teu verdadeiro poder...
A voz desvaneceu-se.
Ricastin abriu os olhos e levantou-se. O riso de Saitha desvaneceu-se o próprio Leviathan ficou inerte. Começaram a cair relâmpagos dos céu e um tornado envolver Ricastin. A chama da sua espada intensificou-se. Da espada começou a sair uma esperal de fogo, mas um fogo claro, quase branco. Ofuscante. A espiral cresceu. E de repente... Uma vortex de fogo percorreu e consumiu toda a zona, como um leão galopando pela savana e espezinhando a cobra. Uma energia com um poder de destruição nunca imaginado. Saitha foi vaporizado, qualquer essência que constituísse aquele ser fora extinta por completo. O vortex percorria toda a zona. Um mar de chamas seria uma descrição fraca para tal imagem. Ricastin permanecia imóvel enquanto conjurava o vortex, como se fosse algo que sempre tivesse feito. Os gritos de agonia do leviathan eram abafados pelo vortex.
O vortex parara. Todo o Leviathan se encontrava em carne viva, mas ainda era uma ameaça pois os seus poderes permaneceram, apesar de preso e ferido. Toda a sua camada de escamas regenerou imediatamente.
A batalha havia apenas começado. O final estava longe...

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Guardião Desconhecido - Parte VIII

Chovia torrencialmente. Todos se apressavam a atravessar o átrio da escola para chegarem ás salas o mais secos possível, contudo no meio de tal pressa ninguém reparou num pequeno rapaz caído, no chão, completamente encharcado. Le Jo olhou para ele, e apesar de não o conhecer aproximou-se para o ajudar. O rapaz encontrava-se de rosto coberto e voltado para baixo. Le Jo aproximou-se e perguntou:
- Precisas de ajuda?
A cabeça do pequeno rapaz rodou lentamente na direcção de Le Jo e uns olhos vermelho-sangue apareceram. A face era disforme e a voz gutural.
- Preciso de ti! - disse a criatura, sorrindo maleficamente.
Le Jo soltou um grito de morte e nesse preciso instante passaram por Ricastin muitas das suas antigas memórias de "Guerreiro" e percebeu o que se estava a passar. Ricastin correu em direcção ao local onde sabia que tinha acabado de ocorrer uma tragédia.
Ricastin nunca pensou ser capaz de correr tão rápido, quer dizer, após o enorme flash que tinha acabado de ter sabia que era capaz de muito mais e sem grande esforço, contudo o que o esperava era demasiado aterrador. O corpo de Le Jo encontrava-se inerte, sem cor, gelado de olhos muito abertos, mas vazios, ainda com a sua expressão final de terror na face.
Ricastin afastou as pessoas que rodeavam o corpo e ajoelho-se junto do corpo. No meio de toda a chuva, uma lágrima deslizou pela face dele e caiu no Rosto de Le Jo. De súbto uma enorme luz brilhou no local onde a lágrima havia caído, um sentimento de paz assolou todos os que ali se encontravam. O brilhou aumentou bruscamente, cegando todos menos Ricastin. Uma espada toda de uma prata cujo o brilho não possui descrição possível encontrava-se na frente dos olhos de Ricastin. Do núcleo da espada saiu uma esfera vermelho-sangue, "O Testemunho", murmurou Ricastin olhando com um enorme brilho nos olhos a esfera flutuante.
Tudo agora fazia sentido, a sua memória voltara, a espada, o testemunho e a luz tudo ali se encontrava, mas... a dor voltou quando Ricastin percebeu que corpo ali se encontrava, era um preço demasiado elevado a pagar para poder voltar ao que era. Ele lutou durante eras ao lado dela, protegendo-a sempre e completando o seu fado, mas agora... O escolhido fora derrotado antes de voltar e o guardião não o pode evitar. Agora teria que impedir a hecatombe sozinho. A esperança desvanecia-se...

De súbito, o corpo de Le Jo começa-se a desvanecer em luz, em direcção ao céu. A missão para a qual Ricastin tinha sido criado terminara. Agora nada prendia, sabia que o seu destino seria morrer a tentar salvar a escumalha que o seu Criador tanto adora. Sentia-se revoltado, mas voltou a ser o guerreiro sem medo dos tempos passados. Já não era O Guardião, pois o seu tesouro fora roubado... Era apenas um soldado por abater numa guerra sem vitória possível, mas não vai abandonar o campo de batalha enquanto não o deitarem por terra.
Levantou-se de espada em punho e olhar severo,e subitamente desaparece, aparecendo junto ao lago do seu último sonho.
- Já te esperávamos! - disse uma voz gutural, sorrindo maleficamente, a qual Ricastin identificou de imediato. Era Saitha, a terceira pior coisa que se poderia esperar encontrar um General do Mal.
- Demasiado apressado para uma última batalha, não? - retorquiu Ricastin em tom de ironia.
Saitha riu-se.
-Ambos sabemos de quem será esta batalha a derradeira!
- Tanta tentativa para libertar a criatura e simplesmente aniquilam a chave! Não pensavam que a chave fosse um mero objecto guardado por ela? Pois... ELA era a chave - a cólera assolava Ricastin - E vocês simplesmente destruíram o que vos poderia libertar a tão desejada criatura! - Ricastin tentava colocar-se em posição favorável, desmotivando os adversários, mas a sua mágoa era demasiado notória, era uma perda demasiado pesada.
Saitha riu-se novamente, mas agora de forma mais sonora.
- Não pensaste que nós não tínhamos pensado nisso? não? Se não tens a chave que tal partires a fechadura?
- Mas a única coisa capaz de quebrar a protecção...
- SIM! É a espada do Escolhido! - Disse Saitha sorrindo abundantemente e apontando para o corpo da criatura que matara Le Jo.
O corpo contorcia-se, parecia estar nos seus últimos fôlegos, mas segurava uma espada dourada imensamente reluzente, o brilho dos brilhos, a beleza das belezas, nas mãos.
Ricastin sentiu o seu coração a cair-lhe aos pés.
- Sabes bem que se voltas a usar a espada é ultima coisa que fazes Cols! Por favor dá-me essa espada! - Tentou desesperadamente Ricastin.
- Morrerei eu sei - disse Cols Skernh - mas tu também não sobreviverás nem nenhum querido humano teu! Sei que qualquer de nós que use esta espada não tem retorno, mas terei o gozo de ser eu a dar-lhe o derradeiro uso! - terminou em tremendo sofrimento, pois sabia que não ira aguentar muito mais.
O lago borbulhou. Algo se passava. O momento aproximava-se...

domingo, 1 de novembro de 2009

Um jardim

O céu estava cinzento. As poucas pessoas que restavam encolhiam-se debaixo dos chapéus. Contudo eu levava um objectivo. Não matar, mas talvez alimentar um pouco mais a saudade.
Fui avançando pela "Cidade dos Mortos" em direcção a ti. Encontravas-te rodeada pelos teus. Talvez eu lá estive quase que a mais. São momentos em que me procuro afastar.
Lá estava a tua fotografia. Sorrias. Uma rosa de bronze estava ao teu lado.
Uma escultura de uma rapariga segurando uma pomba direccionada ao céu recebia as gotas de chuva que lhe escorriam pela face como se verdadeiras lágrimas fossem...
Estavas num verdadeiro jardim, onde todos te procuraram dar as melhores flores e deixar o seu nome. E eu? Apenas um botão de rosa sem nome lá deixei, sabendo que irá ter o mesmo destino que tiveste. Um jardim cheio de vida, contudo a tua já por lá nao paira...
A ironia aparece quando te vejo rodeada dos experientes que foram, enquanto tu foste com eles ainda com tanto por descobrir.
O silêncio permaneceu. A chuva caiu. Eu vim embora.
Tu lá continuas...

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

₩on


São o nosso preço
Somos a vossa glória
Somos a lista WON
A lutar pela vitória
Sei que o Sol ainda brilha
Ainda tem por onde arder
Não é mau
Não é bom
São razões para vencer
Agora é hora de fazer sentido
Dar à nossa escola uma AE com novo rumo
Porque o pessoal aqui está todo farto (de ter)
De ter muita fruta (muita fruta) e pouco sumo!
Hino da Lotaria, Lista WON
Amanhã é o nosso dia oficial de campanha :D Segunda são as eleições.

VOTA WON!


terça-feira, 13 de outubro de 2009

Eros

Ambos entraram no quarto. A luz estava ténue. Ardiam duas velas perfumadas e uma melodia calma enchia a atmosfera do quarto.
Estavam de mão dada... trocaram um olhar... e os seus lábios uniram-se. Beijaram-se longa e suavemente. Foram-se despindo lentamente, entre longos beijos e carícias pelo corpo até ficarem ambos apenas com a roupa mais íntima que possuíam.
Ele deitou-a, de fronte, lentamente sobre a cama. Começou por lhe acariciar os cabelos suavemente, descendo pelo pescoço e costas com doces beijos na pele desapertando-lhe o soutien e continuando a descida de beijos pelas suas belas pernas.
Massaja-lhe suavemente todas as costas, nádegas, pernas e pés. Percorre-lhe lentamente a silhueta com as mãos.
Vira-a. Beijam-se profundamente. Ele falha os lábios dela propositadamente. Começa a descer pelo pescoço com suaves beijos e sopros de ar. Retira-lhe o soutien. Acaricia-lhe os seios suavemente. Rodeia os mamilos de suaves beijos e continua a descida pelo ventre com um suave sopro. Retira-lhe a última peça de roupa lentamente com a ajuda da boca. Acaricia ambas as pernas, parecendo querer evitar a zona genital, mas eis que começa a subir pelas belas pernas da mulher com suaves sopros e longos beijos. Continua, mas agora acaricia-lhe suavemente a zona genital.
Ela suspira e inspira fortemente.
Ele deita-se de fronte e ela percorre-lhe a costas com longos beijos e massaja-as lentamente com os seios. Ela retira-lhe os lentamente os boxers.
Ele vira-se. Ela parece avançar lentamente pelas suas pernas em direcção ao generoso pénis erecto, mas continua a avançar até aos lábios dele e beija-o profundamente. Recomeça a descer lentamente pelo corpo dele, beijando-o ocasionalmente.
Ao encontrar o pénis prende-o suavemente com os seus seios por momentos e continua a descer.
Começa a beijar lentamente o corpo do pénis, parecendo procurar a glande, mas mesmo antes de a atingir... recua e deita-se, expectante, na cama.
Ele pega numa orquídea e começa-lhe a percorrer todo o corpo, lentamente, com a flor, beijando-a ocasionalmente e percorrendo-a com suaves sopros.
As pétalas da orquídea soltam-se e caem no ventre dela. Ele vai deslocando-as por todo o tronco dela com suaves sopros, beijando-lhe os seios ocasionalmente.
Ela começa a ofegar... ele beija-a profundamente... ela abre sensualmente as suas pernas e ele com o generoso pénis penetra-a lenta e firmemente.
Ambos se continuam a beijar entre movimentos oscilantes, unidos como nunca.
As pupilas oculares dela dilatam e ela manda um derradeiro suspiro, gemendo de um prazer único.
O clímax dele chega. Ele suspira. Beijam-se profundamente e continuam abraçados.

Ambos adormecem abraçados num leito onde o amor venceu todas as batalhas.



domingo, 11 de outubro de 2009

3/3

Hoje é, talvez se possa dizer, o culminar de um ciclo de 3 rondas. Um ano de eleições. Sei que ainda não sou eleitor, (apesar de já ter idiologia política definida) mas gosto de dar a minha opinião sobre...
Parlamento Europeu, Legislativas e Autárquicas. 3 vezes em que Portugal teve que escolher os seus representantes... Será que o fez da forma mais correcta? Provavelmente não pois como se diz "O melhor político é aquele que não é eleito!". E não me parece que tal afirmação fuga da verdade. Os políticos são humanos e todo o humano é ambicioso e ganancioso, tem o desejo do poder, por muito que o neguemos está-nos na condição humana. E quando alcançamos o dito poder certos valores que se defendem perdem-se em prol das minorias beneficiadas em causa.
Um mundo de injustiças? Não me parece. O mundo nunca foi propriamente justo, não será por mais uns comportamentos menos justos que os nossos olhos se abram... e mesmo aqueles que se consideram com eles abertos será que os manteriam se tivessem o poder nas mãos? Uma incógnita que talvez não seja assim tão dificil de responder...
É necessário reflectir nos nossos actos, sobretudo nestas alturas, mas nunca despresando outros momentos em que a reflexão é essencial.

Uma mera divagão política...
(às vezes gosto de me perder nestas coisas, mas quando o faço em público muitos não acham grande piada)

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Vontade

Senti vontade de escrever, sem motivo aparente.
Sinto-me estranho... talvez cansado depois de três noites excelentes, talvez este tempo de trovoada me tenha despertado a tristeza da natureza, talvez a situação familiar não esteja nos melhores momentos ou talvez uma junção de estes e/ou outros factores.
Apenas sei que, como já alguém o referiu antes depois da alegria intensa voltamos à tristeza. Talvez seja isso, apenas sei que hoje me encontro sem vontade. Sem vontade de absolutamente nada.
Talvez uma boa noite de descanso me coloque de novo desperto, contudo por agora preciso de repouso... não fisico.
Nem sei qual a razão de escrever isto, mas simplesmente é das poucas coisas com as quais sinto vontade...

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

A luz?

Estava o Guerreiro em combate quando o seu lado negro despertou. Uma nuvem abateu todo o campo de batalha. A terra tremeu e fendeu. Todos petrificaram amigos e inimigos, sabiam que uma sombra negra se aproximava, mas ninguém sonhava o quão maléfica esta era...
Os seus olhos ganharam um brilho negro e a sua armadura negra como bréu se tornou. A sua face se tornou numa sombra e a sua lança numa espada negra e mortal com um brilho de fogo e um núcleo de sangue...o sangue do único que poderá derrotar tal mal. Contudo tal ser entre eles não se encontra... por enquanto.
O Guerreiro Negro balança a sua espada num gesto de poder, e nesse preciso momento um raio atinge o campo. Visão única, a mais terrificante que se pode ter em qualquer vida que se tenha. Todos os corpos despedaçados no campo de batalha amigos e inimigos, apenas um mero soldado ficou imóvel para ver todo o horrendo espectáculo.
Subitamente o soldado abre os olhos e de si irradia uma luz mais intensa que o próprio Sol. Uma espada da prata mais brilhante, que nem verdadeiro ouro branco lhe atinge o brilho, surge na mão do soldado. A sua cota irradia um brilho que cegaria qualquer olho humano e feriria qualquer olho maléfico, mas o Guerreiro Negro não vacila...
O Soldado ergue a cabeça e sorri. Lentamente começa a avançar para a escuridão. Sabe o que o espera e o que procura...
O Guerreiro Negro desfere um vortéx gelado sobre o Soldado, mas este nem um tremor demonstra. E sussura:
- Devolve-me o que me pertence!
O Guerreiro Negro riu-se. Mas não acabou tal gargalhada... Um vortéx de fogo surge da espada do Soldado e tudo arde, mas em vez de destruição algo nasce... vida! Uma espada fica no chão com um núcleo vermelho a vibrar... esse núcleo solta-se e dissipa-se... Tudo voltou ao normal... Mas a que preço? Valerão as vidas de todos os soldados a dita paz que se alcança?

domingo, 20 de setembro de 2009

Força Luís!

Hoje um bom amigo irá ter oportunidade de mostrar o seu enorme talento ao país.


Luís André Batista irá hoje cantar no programa da TVI Uma Canção Para Ti.


Vamos todos apoiá-lo e dar-lhe a força que ele tanto merece.


Quero-te ver na final rapaz ;) Força nisso!








sábado, 19 de setembro de 2009

Rotina

A rotina apodera-se de nós como um predador que pacientemente espreita a presa...

Estando eu absorto a divagar num mundo meu, mas no qual de meu nada possuo, deixei-me cair numa ratoeira perigosa, como um ser imundo e mesquinho que do mundo nada conhece. Entrei numa roda morta, hirta e sem qualquer tipo de luz, apenas uma escuridão, uma teia onde toda a vida se desenrola sem perguntar onde vai, de onde veio, o que faz ou mesmo o que é!
Entro e saio de um mundo para outro. O meu ópio vai-se gastando e volta à roda. Entre montanhas e precipícios vou caminhando como um Hércules destemido, mas por dentro outro ser se esconde...talvez outros... um ser aprisionado. Luta e suplica mas não obtém resposta. Mas sempre que sai da roda perde o medo dos precipícios, mas não se liberta... apenas respira sofregamente e continua preso... e para quê? Não se sabe... um dia talvez descubra a resposta... depende dos destinos a que a roda me leva...

domingo, 13 de setembro de 2009

Grande Semana

De regresso das terras do Norte de Portugal, Porto, Gaia e Ovar foram a minha casa nesta última semana.
De 6 a 11 de Setembro EVMAT2009, grande semana, com pessoas 7 estrelas ou mais. Convívio expectacular, boa disposição constante e claro aquisição de novos conhecimentos matemáticos, não fosse aquilo uma escola de Verão de Matemática. Um concerto Rock na quarta que foi o delírio total. E outras actividades cheias de boa disposição. Apenas o regime nocturno não agradou muito, mas podia ser pior. :D Não vou nomear nomes das pessoas que mais me marcaram nesta semana pois seria injusto se me esquecesse de alguém, mas há-que salientar que alguns me marcaram muito positivamente. Como disse anteriormente pessoas 7 estrelas ou mais.
Poderia algar-me sobre esta semana, mas tal foi a experiência que muito teria que escrever e desse muito, outro tanto ficaria a faltar.
Passando agora para a noite de dia onze e todo o dia 12. Uma ida nocturna à piscina antes de jantar expectacular, um jantar delicioso, uma saída descontraída pela cidade de Ovar, pena que tenha sido na altura das festas do Furadouro e a cidade estivesse com pouco movimento, mas uma saída bastante agradável, com excelente companhia (para esta as 7 estrelas ficam à quem :P) e uma noite ainda que curta, bastante divertida. Uma alvorada pior que a do quartel, um pequeno almoço muito melhor, e aí fomos nós para Gaia, de manhã, ver a sessão de treinos do Redbull Air Race e de tarde vimos todos o espectáculo aéreo, incluindo as corridas. Fiquei completamente fascinado com o espectáculo aéreo que tive o prazer de assistir, num local com boa vista para o percurso e direito a lugar sentado na relva. Para finalizar ainda tivemos direito a mais uma sessão de piscina antes de regressarmos a casa.
Uma semana memorável, para recordar e procurar viver iguais ou ainda melhores.
Como esperava terminei as férias em grande e ainda por cima quando cheguei a casa já tinha a minha última parte do ordenado para terminar como deve ser.
Foram umas férias cheias de emoções bons momentos e muito maus momentos, os quais ainda me perturbam por vezes, quem me conhece sabe ao que me refiro e alguns talvez também o sintam, mas os bons momentos superaram esse mau bocado, os amigos são o que move o meu mundo e valem mais que qualquer coisa que possa existir. Apoiam-nos nos bons e nos maus momentos e sabem-nos mostrar que estamos errados e as asneiras que fazemos.
Terça-feira volto às aulas, estou curioso de como irá ser o meu ano de finalista. As impressões iniciais não foram as melhores, mas espero que se modifiquem para melhor.
Só outra coisa. O medo das pessoas da Gripe A está me a deixar farto! Isto não passa de um golpe para meia dúzia de grandes se encherem economicamente. Passo-me!

domingo, 6 de setembro de 2009

Porto
6-12 de Setembro de 2009
EVMat2009 espero que corra bem ;) quero terminar as férias em grande.
Até dia 12 :P

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Guardião Desconhecido - Parte VII

Era o cortejo fúnebre do professor. Estava repleto todos os seus colegas e alunos estavam presentes, e como é óbvio os seus familiares. A atmosfera encontrava-se pesada. Ricastin e os amigos encontravam-se um pouco atrás no cortejo. Iam silenciosos, estranhamente uma amnésia tinha abatido os três amigos de Ricastin, mas Ricastin ia pensativo. Aquela noite não lhe saía da cabeça, e não parava de se culpar a si próprio, mesmo sem ainda ter noção do que realmente se passava. Mas apesar da ignorância em que se encontrava tinha noção que o que se estava a passar não era, de todo, normal.
Próximo dos nossos amigos ia Le Jo, apenas sabia o que tinha passado no noticiário, mas mesmo assim algo assolava o seu coração. Mal conhecia o professor, mas sentia que algo a ligava àquela situação. Um arrepio percorreu-lhe a coluna. Reparou em Ricastin. Os seus olhares cruzaram-se. Interiormente ambos souberam o que ia na mente cada um como se já se conhecessem há imenso tempo... uma eternidade.
Tudo terminou. Cada um dos presentes estava para regressar à sua rotina, alguns já entre risos, não é afinal um funeral uma manifestação de vida? Apenas os familiares mais chegados continuaram numa angústia indescritível.
Ricastin ficou para os últimos sempre afastado e pensativo, não parando de se culpar pelo sucedido. Le Jo aproximou-se dele e disse-lhe:
- Também tens a sensação de que algo de estranho se passa, não tens?
- Nem imaginas quanto!
- Talvez imagine. Os teus olhos dizem muito... E são lindos. - A sua cara roborizou-se e um sorriso saiu-lhe dos lábios, enquanto se afastava. Ricastin retribuiu o sorriso, ficando em silêncio, sem capacidade para um obrigado sequer. Pela primeira vez o seu pensamento afastara-se dos problemas que o têm assolado, mas será que realmente se afastou?
Chegou a casa com a imagem de Le Jo na cabeça e um sorriso estúpido nos lábios. Contudo sentia que algo de diferente existia entre ambos, não era apenas uma paixão, Ricastin sentia que já a conhecia há uma eternidade, apesar de apenas terem trocado umas meras palavras. Este sentimento levou-o a perguntar-se a si mesmo se este sentimento não estaria relacionado com tudo o que se tem passado, mas não era possível pensou... contudo o impossível já se demonstrou mais que uma vez perante ele.... Foi descansar, tinha a cabeça a fervilhar. Tinha sido um dia cheio de emoções.
Desta vez Ricastin encontrava-se numa espécie de floresta com um lago perto. Aproximou-se, mas estacou ao ver dois vultos junto do lago. Aproximou-se para tentar ouvir o que estavam a dizer, mas de súbito uma enorme dor de cabeça o atingiu. Uma dor e alucinação que lhe eram familiares, mas desta vez não se ia deixar vencer. NÃO! Continuou a avançar em esforço, até chegar a um ponto onde conseguia ouvir a conversa dos dois vultos.
- Como é que o pudeste deixar fugir? - Disse em tom de repreensão um dos vultos.
- Nós tínhamo-lo dominado, mas 3 dos deles apareceram... e um deles era Saulo. Não foi possível acabar com o Guardião. Mas descobrimos que não está senhor dos seus poderes, encontra-se fraco e debilitado da última batalha. E achamos que ele assim nos pode ser útil. - disse a outra voz, a qual Ricastin reconheceu como sendo Cols Skernh e associou a sua dor de cabeça e alucinações crescentes. Não imaginando que o outro vulto era seu superior.
- Útil como? - Perguntou a primeira voz em tom gutural, o qual parecia ser o seu tom natural.
- Através dele enfraquecido podemos chegar mais facilmente ao escolhido. Assim acabávamos com os dois de uma vez e retirávamos-lhe a Esfera para libertar o que aqui está preso. - Disse
Cols Skernh olhando aterrorizado para o lago.
- Esperemos que tenhas razão senão... eu próprio arranjo maneira de te enviar para junto dele! - Disse a voz gutural apontando para o lago, fazendo com que uns enormes olhos vermelhos se vissem na superfície do lago que se algo tivesse sido acordado, mas não pudesse de lá sair.
De repente Ricastin sentiu-se a ser sugado e foi parar ao lugar disforme dos seus últimos sonhos, ou experiências, pois já não conseguia distinguir uns dos outros.
O velho homem da última vez apareceu e disse-lhe:
- Assististe à razão pela qual precisamos de ti de volta e no teu auge. Eles querem libertar uma das criaturas que mais me custaram a aprisionar em toda a História do Tempo, senão mesmo a mais perigosa para a humanidade.
- Mas que criatura é? E o que tenho eu a ver com tudo isto? - Perguntou Ricastin.
- A criatura é um Leviathan e tu és o Guardião quanto a isso não podes fugir.
Ricastin sentiu-se ser sugado e acordou de sobressalto, estava no seu quarto eram quatro da manhã, mas o sono desaparecera-lhe por completo. A sua cabeça latejava de tanta questão que o assolava naquele momento, e o sentimento de culpa pela morte do professor parece que agora ainda mais lhe pesava. Uma sensação estranha percorria-lhe as veias... uma espécie de revigoração do corpo a qual lhe trazia ainda mais questões. Algo se passava e Ricastin ainda não tinha tomado consciência do quão grande era aquilo em que se encontrava...

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Até sempre...

10 de Fevereiro de 1992.
Um grito ecoou pela Natureza.
Um novo ser… uma nova forma de vida despertou para o mundo.
Pequena para os Homens.
Grande para o mundo.
Os teus olhos abriram-se e o mundo como um raio de luz
Por eles entrou.
A forma de vida foi crescendo…
Tornaste-te no Tu que todos nós conhecemos e vamos recordar.
27 de Agosto de 2009.
Uma corrente gélida atravessou o mundo.
O sopro de vida foi levado.
A natureza chorou e por ti chamou.
Contudo não mais respondeste.
Descansa em paz Eva.

Saudades dos teus amigos que te adoram.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Pelas Terras de Bouro

Hoje tive o prazer de visitar o Gerês. Confesso que tinha saudades de tal beleza.
Sei que um dia muito pouco ou mesmo quase nada dá para aproveitar do que o Gerês tem para oferecer, afinal de contas é o nosso único Parque Nacional. Só a sua paisagem em si desperta-me algo que nem eu próprio consigo explicar, liberta-me de mim deste corpo mundano, faz-me sentir livre como um pássaro que voa e vai pousando de ramo em ramo. Contudo fiquei extremamente triste quando a minha pessoa constatou o quão porcas, imundas e desrespeitadoras podem ser as pessoas! Nem no único Parque Nacional de Portugal há respeito pelo ambiente?! Até aí conseguem poluir e desrespeitar tal beleza e harmonia da natureza?! Tal facto deixou-me desolado.
Não deixei de amar a visita pois a maioria dos locais por onde passei continuavam limpos e livres, com a sua harmonia característica. Sei que num dia pouco se pode fazer, mas desse pouco tentei desfrutar o máximo que pude. Percorri alguns trilhos pedonais (apenas pequenas secções pois o tempo era escasso), desfrutei do ar puro, dos sons dos pássaros a cantar e da água do rio a murmurar por entre as rochas, andar de barco a remos e observar todos os seres aquáticos presentes nas suas banais rotinas e como é obvio relaxei e diverti-me um pouco.
Falando agora do passeio de barco a remos, foi uma experiência extremamente agradável com a família, mas penso que seria uma experiência única para duas pessoas se conhecerem melhor, com um ambiente calmo, seguindo calmamente pelo lago, abstraídos do que os rodeia, sentido apenas o ar que inspiram e a presença um do outro. Mas como referi foi um passeio com a família.
Como da outra vez que lá passei era quase um "puto de mama" ainda, pouco recordo e muito desapareceu, desta vez dei outro valor a tudo o que me rodeava, tentei tirar fotos ao início para mais tarde recordar, mas acabei por deixar a máquina de lado e observar e deixar-me tocar por toda a beleza que me rodeava. Não há melhor registo que a nossa própria mente e as nossas sensações. Mas como é obvio tirei alguns registos fotográficos para mais tarde apreciar e recordar essas sensações.
Apesar de excelente esta viagem soube-me a muito pouco, e se tivesse oportunidade gostava de organizar um acampamento, num futuro não muito distante, com os amigos ou então um programa mais calmo com alguém especial quem sabe... Mas pensanso nos amigos que esses são mais prováveis XD Adorava que fizessemos uma semana de acampamento, com oportunidade para desfrutar das praias fluviais, andar de moto de água, fazer uma éspecie de jetski, mas numa grande boia, percorrer todos os trilhos pedonais e se possível os de BTT, fazer um raid pelo riacho que percorre a Serra, descer o rio de canoa, andar de barco, escalada, slide e muito mais que adoraria fazer pelas Terras de Bouro.
Uma zona apaixonante que deixa saudades a quem quer que por lá passe.




P.S.: Tem um excelente vinho verde :D

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

A menina dos meus olhos

Ultimamente a minha vida tem-se focado em ti, nesses teus lindos olhos, nas tuas feições ternurentas, no teu toque suave. Sei que não te desperto a atenção que queria, mas sinto que já nos damos suficientemente bem e que a nossa relação poderá evoluir bem. És branquinha e meiga, apenas acho que a tua mãe te devia dar mais liberdade, talvez ela tenha inveja...

Aqui está uma foto dela...

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É uma gata, não é? XD

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Holydays

Foram 414 horas, por mim registadas, em 43 dias de trabalho.
Muito suor, dores no corpo, mazelas quase diárias, noites mal dormidas e bastante cansaço. Tudo isto a pensar em quê? No futuro? Talvez, pois os meus pais não têm posses para me suportar o custo integral dos estudos quando for para a Universidade. Ganhei algum dinheiro, o qual tenciono guardar para esse fim, como é obvio vou gastar um pouco em pequenos "luchos", mas nada de mais, acho que também tenho direito a alguma, não direi "futilidade" porque não se aproxima de tal, mas talvez o direito a alguns "mimos", também não é o apropriado, talvez algum... não sei algo que gosto, mas nada de mais simplesmente vou comprar uma ou outra coisa que gosto, (algumas que preciso mesmo) sem gastar muito dinheiro, (mesmo assim já tenho direito ao sermão do "Agora estraga-o todo!").
Foi um trabalho duro, ganhei fama de "trolha", mas não me incomoda minimamente, trabalhar não é despreso nenhum, muito pelo contrário, se alguém está mal com tal que experimente. Pode ser que mude de ideias. A vida custa e às vezes (bastantes até talvez) penso que não fazia mal nenhum a uma ou outra pessoa que conheço terem noção disso para ver se saiam da enorme futilidade em que vivem e perderem a mania de que são superiores aos outros.
Considero que para um trabalho de férias ganhei bem (melhor que o ano passado). Como é obvio não vou referir valores aqui, po uma questão de princípio.
Desde alicerces, betão, blocos, tijolo, massa para vários fins, pedra de janelas, vigas, tijoleira, ferro, trabalho com diversas máquinas, telhados, betume e por aí fora. Algumas coisas já conhecia outras fui aprendendo. Algumas gostei bastante, outras nem tanto. Confesso que o primeiro telhado me atrofiou por completo, mas agora o segundo e último (dos trabalhos em que participei antes das merecidas férias) já me começou a despertar um certo "gosto", mas sempre com bastante cuidado e mesmo assim era pouco.
Tive alguns sustos e algumas "tatuagens" na pele, com as respectivsa dores associadas.
Passei por algumas obras, desde Louriçal (Rua dos Filipes), Torneira, Matas, Ribeira de Santo Amaro, Marinha das Ondas e finalmente Outeiro do Louriçal, todas com as suas particularidades.
Bem tudo isto para dizer que finalmente estou de Férias! O merecido descanço, acho eu... Agora quero aproveitar para descansar e me divertir, que em Setembro as aulas recomeçam...

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Guardião Desconhecido - Parte VI

- Onde estou? Que aconteceu? - perguntou Ricastin ainda com a cabeça a latejar, sem se aperceber que se encontrava no local disforme dos seus sonhos, ou pelo menos num muito parecido, pois desta vez tinha a certeza que se não estava a sonhar e estava bem acordado, devido à enorme dor de cabeça que sentia.
- QUE ACONTECEU? - berrou a voz dos seus sonhos, desta vez na forma de um homem de alguma idade, com o cabelo cinzento a puxar quase ao branco, com uns olhos e uma face que mostravam uma enorme experiência de vida, vestido com uma túnica branca, uma faixa lateral azul céu e umas sandálias de couro. - QUE ACONTECEU?! ISSO PERGUNTO EU! Nunca te tinhas comportado desta maneira! Nunca colocaste nenhum humano, nem mesmo a tua própria vida tão em risco! Não tiveste reacção! Das vezes que te encontraste com Cols Skernh ele fugiu sempre como um verdadeiro cobarde que é, e agora deixa-lo quase matar-te?! Tu não és o soldado infalível, intocável, destemido e frio que criei, ensinei e convivi ao longo dos tempos
- Por favor estou com uma dor de cabeça incrível, podia falar correctamente e de forma simples para eu entender? - disse Ricastin sem perceber uma única palavra do que o sábio homem acabara de pronunciar.
O homem suspirou, olhou em direcção ao infinito, e nessa altura pode ver-se nos seus olhos uma bondade e uma tristeza, aprofundada pelas rugas da face que mostravam a sua dura vida e sofrimento. Esteve um momento em silêncio, mas por fim falou, agora com uma voz branda, quase cansada:
- Sei que a tua última batalha quase te custou a vida e que perdeste grande parte dos teus poderes para os poderes salvar. - olhou na direcção dos amigos de Ricastin que também se encontravam naquele lugar completamente atónitos com o que estavam a assistir.
- Mas eu não me lembro de ele nos ter salvo. - protestou Ben meio a medo.
- Não me referia a vocês ignorantes, mas sim a toda a Humanidade! - respondeu o homem, tornando a sua voz rígida e áspera, deixando os amigos de Ricastin ainda mais assustados, apesar de estes sentirem dentro de si uma enorme sensação de segurança crescente. - Como estava a dizer - voltou à sua voz brande e cansada - a tua última batalha enfraqueceu-te imenso, e para evitar que desaparecesses tivemos que te transformar num humano, sem nunca alterar o que está dentro de ti, claro está. Sabíamos que era a única hipótese de recuperares todos os teus poderes, de outro modo seria o teu fim. - o homem suspirou, mostrando uma enorme tristeza na sua face. - Pensámos que aquela tinha sido a derradeira batalha, e que qualquer obstáculo que viesse a aparecer no caminho seria uma pequena pedra no caminho e que nessa altura já estarias recuperado. Contudo enganámo-nos redondamente! Nós, que supostamente somos donos e senhores do destino e fazemos com que a vida corra conforme o seu curso normal! - notava-se um certo sentimento de culpa nas palavras do homem e a mágoa dos seus olhos parece que aumentava. - Não é por mim, ou pelos que se encontram comigo é por todos os que encontram aqui na Terra. Tudo o que foi criado de forma gradual e se foi aperfeiçoando ao longo do tempo, tudo o que é gerido, para que não se forme o caos. Tudo isto se encontra em risco e o nosso soldado não está recuperado. Precisamos de ti para que o Escolhido tenha em posse todos os seus poderes para travar o que se avizinha. Eles tencionam aniquilar o escolhido antes de este voltar a ter acesso aos seus poderes. Como sabes, ou talvez não uma vez que ainda não recuperaste da amnésia que te induzimos para ser mais rápida a tua recuperação, também o Escolhido se encontra na mesma situação que tu, ou ainda mais fraco, receio eu. - notava-se uma enorme mágoa nos seus olhos.
- Mas... quem é esse Escolhido e que "soldado" sou eu, ou diz que sou? Era o senhor que se encontrava dentro do professor de Português? Ele está bem? Afinal que missão é essa e que perigos se aproximam? Que batalha supostamente travei eu? - Interrompeu Ricastin, subitamente recuperado da enorme dor de cabeça e com esta a fervilhar com questões sem resposta.
- A seu tempo saberás... Espero que em breve... Quanto ao teu professor de Português não era eu que estava dentro dele, eu não posso realizar tal habilidade, não existe humano capaz de me suportar como hospedeiro. Era Saulo que se encontrava nele. Posso dizer que era uma espécie de anjo da guarda como vocês lhes chamam na Terra. Contudo ao contrário que as vossas histórias contam cada pessoa não possui um ou dois ditos "anjos de guarda" a cuidar de si, o nosso número é bastante limitado e o vosso tem aumentado desmesuradamente. - respondeu calmamente o homem.
- Como está o professor de português? Eu tenho na memória um enorme clarão quando nos afastávamos do bar. Ele está bem? - Perguntou Ricastin preocupado.
- A sua alma está em paz num local bem mais acolhedor que a Terra, contudo o seu corpo terreno... - houve uma pausa que pareceu cortar a respiração de Ricastin e dos amigos - foi completamente vaporizado.
- NÃO!!! Como é que puderam!? Ele era um bom homem! Não tinha nada a ver com isto! - Gritou Ricastin sentindo uma enorme mágoa dentro dele.
- Eu sei... a culpa é nossa. Contudo não existe nenhuma guerra sem baixas. Como vocês dizem não se podem fazer omeletas sem partir ovos. Aproveitámos tua proximidade com ele para te tentar passar a mensagem e verificar se estavas apto. Se te consola posso-te garantir que está num lugar muito melhor que a Terra.
- Não tinham o direito! - lacrimejou Ricastin. Ben e os amigos aproximaram-se dele para o consolar.
- Bem a minha parte por agora está cumprida. Estão sãos e salvos. Vou vos enviar de volta para casa.
- Espere! - disse Ricastin - Que sítio é este e quem é você? Eu já cá estive nos meus sonhos!
- Pode-se dizer que é uma Zona de Transição. - Respondeu o homem.
- Transição de quê? - indagou Ben. Mas não obtiveram resposta pois sentiram-se a serem sugados daquele lugar.
Ricastin acordou de sobressalto. A cabeça doía-lhe ligeiramente. Tinha a vivência da noite inteira na cabeça. Mas terá sido mais que um sonho? Um pesadelo? Convencido que tinha sonhado levantou-se para tomar o pequeno-almoço.
Ao chegar à cozinha ligou a televisão para ver as notícias matinais.
Encontrava-se tomando o seu pequeno-almoço descansadamente quando algo lhe chamou tanto a atenção na televisão que teve que cuspir a comida que tinha na boca para não se engasgar.
- Notícia de última hora! O Bar Black Light recentemente aberto foi alvo de uma explosão violentíssima tendo arrasado por completo as instalações e a zona circundante do bar. Até ao momento contam-se dezoito vítimas mortais, suspeitando-se que entre elas se encontra um professor de Português da escola D. Franscisco De Avis, pois foi possível identificar a matrícula do seu carro junto ao local. Contudo os corpos não estão identificáveis... - a pivot fez uma pausa e engoliu em seco - Apenas se tem a certeza de dezoito vítimas mortais, pelo identificação de dezoito tipos de DNA diferentes em pedaços de corpos recolhidos...- voltou a fazer uma pausa. - Os corpos foram literalmente vaporizados. - A pivot saiu do estúdio a correr bastante aflita, talvez mal disposta.
Mal acabou de ouvir a notícia Ricastin ouve o telemóvel tocar. Era Ben.
- Por favor diz-me que estou a sonhar! - Gritou-lhe Ben ao telémovel! - Tu viste as Notícias? Nós estivemos lá! Que raio aconteceu ontem? Alguém me explica algo?
- Calma. Eu sei tanto como tu. Também acabei de ver a notícia agora. Não te consigo adiantar mais que o velho homem nos disse.
- Velho homem? Qual homem é que falas? - perguntou Ben meio admirado.
- O homem que... - Ricastin fez uma pausa e apercebeu-se que apenas ele se recordava da passagem pelo lugar disforme dos seus sonhos - Nada esquece foi confusão minha. Deve ter sido da bebida. - fingiu o riso
- Da bebida? Mas tu não bebeste nada! Bem que estavas esquisito, mas não te vi beber nada. - respondeu Ben bastante desconfiado.
- Mas bebi acredita. Não muito, mas sabes como sou, pouca bebida afecta-me bastante. voltou a fingir o riso.
- Está bem. Podemos encontrar logo à tarde para falarmos disto? Sinto-me confuso. - Pediu Ben.
- Hum.. Não, não posso! Tenho coisas combinadas com os meus pais. Desculpa tenho que desligar. - Desligou o telemóvel e pôs a mãos à cabeça em acto de desespero. Encontrava-se num meio de uma teia traiçoeira e perigosa, sem saber o que fazer. Lembrou-se da noite em que supostamente recebera um dito testemunho, a luz e a espada. Mas onde se encontravam esses objectos? Se é que se tratavam de objectos. Provavelmente não passou de mais um sonho sem significado. Ou não...

sábado, 1 de agosto de 2009

É crescer para aprender...

Foram os anos do Ricardo. Uma pessoa 5 estrelas, um amigo de borga altamente, com ele a diversão e garantida. Começámos com um jantar no Caseiro. Nunca estive num jantar em que servissem tanto vinho verde! Só a minha conta perdi a conta ao que bebi, abusos atrás de abusos. Então com o cansaço do trabalho e da falta de descanso em cima comecei a sentir as entranhas a ressentirem-se. Fomos para o Golden Bar, acabadinho de reabrir. Nessa altura já estava mais que podre que eu sei lá. O Joni lembra-se de me pagar um shot. Não sei que shot era escorregou sem problemas. Entretanto comecei a entrar num estado de quase dormência. Fui directo à casa de banho e tive o "privilégio" de estrear a nova WC masculina do Golden com o meu vomitado -.-. O mais deprimente foi pedir desculpa ao empregado que entrou para limpar a porcaria e ele responder "Não faz mal!" num tom mais calmo que eu sei lá (ossos do oficio provavelmente). Senti-me um perfeito otário. Tanto abuso para quê? Para deitar cá para fora os "10 euros" do jantar? Para ficar com uma dor de cabeça e de barriga descomunal? Para ter faltado hoje ao trabalho? e sei lá que mais...
O culminar da noite, o meu "ground zero", foi chegar a casa e vomitar instantaneamente, mal entro na casa-de-banho, com a minha mãe a expectadora. Não me esqueço das palavras dela: "Faz-te bem que é para aprenderes que o corpo não é de ferro! Ai queres borga?! Agora aguenta-te!" (apesar disto, mesmo assim fez-me um chá para acalmar o estômago). Durante a noite os efeitos foram continuando, tipo alucinações e suores. Hoje de manhã para além da recordação deprimente de tal abuso, guardo também uma ressaca descumunal.
Lá está "É crescer para aprender!" e aprender com os nossos erros. Digo que não fiquei com vontade nenhuma de repetir a dose, graças a tal embriaguez posso dizer que não aproveitei em nada diversão da noite.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Rainbow

Subitamente o céu foi invadido, por enormes massas cinzentas. Seriam cérebros alados? Não o aparentaram ser. Acompanhando o céu formações esféricas de um aglomerado líquido sigaram-no em direcção ao solo. Como um meteorito, uma poeira espacial, a solução aquosa atingiu tudo o que de mais terreno existe. Uma ténue força atingiu a esfera, parecendo ténue graças aos castelos e muralhas que lhe barravam o caminho. A onda penetrou a solução aquosa como uma lança afiada, sendo estilhaçada no seu interior e expelindo todo o seu saque, numa tentaiva de o salvar, contudo o saque dissipou-se. A porta do castelo ficou escancarada, mas após toda a batalha todo o castelo ruiu.
Finalmente uma ténue gota atingiu o meu corpo terreno, vi a abóbada enorme e perfeita do arco-íris, pensava em algo, meras gotas de chuva e uma ténue luz que espreitava por detrás da enorme muralha eram simples, mas fizeram duas esferas ligadas a uma alma parar e serem tocadas por tão simples mas bela obra da natureza. Pensei, repensei, observei, senti e a obra desvaneceu-se. Contudo o meu ser interior registou-a.
Voltei à rotina debaixo de pesadas massas aquosas, sentindo que algo ficou para trás.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Guardião Desconhecido - Parte V

Da portal lateral saiu um homem de cabelos brancos, puxados para trás, vestido formalmente. Aproximou-se lentamente dos nossos amigos. A sua proximidade fazia aumentar a dor de cabeça de Ricastin, fazia-o ter flashes repentinos na cabeça de passagens dos seus sonhos, como se fosse uma passagem extremamente rápida de slides, de uma forma alucinante, que o fazia transpirar e ofegar.
- Bem-vindos ao meu humilde bar! - Disse o homem com uma voz quase glacial - Estava à vossa espera...bem pelo menos de dois de vocês.
Ricastin encontrava-se perto da perda de sentidos.
- Como assim estava à nossa espera? - Perguntou Ben admirado - Não avisámos ninguém que vínhamos, nem marcámos nenhuma mesa aqui!
- Fomos nós que te fizemos vir... Ou lembraste de quem te indicou o bar? - respondeu o homem.
Ben calou-se e baixou a cabeça. Realmente não tinha memória de quem lhe indicara o bar. Entretanto Ricastin encontrava-se num estado quase a sucumbir às alucinações.
- Pois é meu amigo foste um isco fácil de persuadir, ou melhor manipular. - Disse o homem sarcasticamente - Já agora não me apresentei. O meu nome é Cols Skernh, aí o vosso amigo que parece estar com dor de cabeça deve-se lembrar de mim! - sorriu o homem maliciosamente. - Nunca te pensei tão em baixo de forma! Afinal não és o Seu "Soldado"? Se é isto o melhor que eles têm, não será difícil a nossa missão. Talvez ganhe um grande avanço hoje e removamos a maior pedra do caminho de vez!
- Houve lá ó palhaço! - disse Ben, um bocado exaltado - Não achas que a brincadeira já passou os limites?
- Respeito meu jovem, sou bastante mais velho que tu! E o teu amigo não te contou que tem uma missão perigosa em mãos? Ao te meteres no meio só estás a assinar a tua sentença de morte. - Após proferir estas palavras, sem ninguém lhe tocar sequer, Ben foi projectado com uma força brutal contra a parede, ficando inconsciente. O primo de Ricastin e o outro amigo correram a socorre-lo, mesmo tendo ficado apavorados com o sucedido. Já Ricastin, tal o estado de alucinação em que se encontrava, nem capacidade teve para reagir ao sucedido.
- Vejo que só a minha presença te perturba, Soldado, serás mais facil de eliminar do que eu imaginava. - Dito isto o homem agarrou Ricastin pela cabeça e uma enorme força parecia que sugava a alma a Ricastin.
Subitamente sentiu-se um tremor de terra intenso. Três vultos apareceram. Estando entre eles o Professor de Português, ou pelo menos o seu corpo, pois algo poderoso se encontrava dentro dele, parecia chefiar ou outros dois homens, isto claro se eram realmente homens.
- Levem os rapazes! Eu trato dos restantes. - Disse o professor.
- Saulo! Há quanto tempo não nos encontrávamos! - disse o homem do bar sorrindo maleficamente.
- Esperemos que seja a última. - disse o que quer que fosse que se encontrava no corpo do professor.
Já os dois homens que acompanhavam o professor se encontravam longe com os rapazes quando um enorme clarão de luz de abateu sobre o horizonte...

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Guardião Desconhecido - Parte IV

Há mais de uma semana que não tinha nenhum dos seus sonhos estranhos, e pela primeira vez sentia uma inquetação por não os ter, ao invés do que acontecia anteriormente. Sentia-se como que perdido... Se pelo menos tivesse algo que o ilucidasse. Estava-se a dar lindamente com Le Jo, mas continuava sem perceber de onde vinha aquela sensação de que já a conhecia antes e a estranha e súbita perda de memória do professor de Português continuava a intrigá-lo. Definitivamente precisava de espairecer e ver se tirava todas estas questões da cabeça nem que fosse apenas por breves momentos. Decidiu ligar a Ben para combinar uma saída nesse fim-de-semana. Decidiram ir a um novo bar que iria abrir esse fim-de-semana, graças a uns contactos de Ben. Ricastin achou estranho não ter ouvido falar sequer de um bar para abrir nas redondezas, mas como queria era sair, não questiou nada e ficou combinada a saída.


Entretanto lembrou-se de ir procurar à Internet sobre a lenda que o professor lhe contara, mas por estranho que parecesse não encontrou nada sobre a lenda em específico, o que o intrigou ainda mais. Teria o professor inventado aquela estória toda só para os entreter?



Chegou o fim-de-semana e Ben, Ricastin e mais dois amigos lá foram ao dito bar que iria abrir nessa noite.


Foram os 4 a pé pois pelas informações de Ben o bar era relativamente perto. Contudo passado cerca de vinte minutos a andar Ricastin perguntou:

- Tens a certeza que é por aqui? E já agora como é que se chama esse dito bar?

- Tenho, pelas indicações que me deram era por aqui. Chama-se "Black Night". Já disse foi um dos meus contactos.
- Tu e esses teus contactos... Cada vez confio menos neles, isto claro está, se existirem!
- Ricastin! Por quem me tomas? Não confias no teu amigo? - respondeu Ben fingindo a indignação.
- Por ser teu amigo é que sei... Quem não te conhecer que te compre! Mas falando sério tens a certeza que é por aqui? É que um bar por estas zonas duvido mesmo que venha a ter clientes suficientes para ter lucro. Isto é uma estrada sem movimento e uma zona desabitada!
- Epa eu acho que segui bem as instruções... Devemos estar mesmo a chegar!
- Espero que sim! - disse um dos amigos que até agora tinha estado calado, era primo de Ricastin, da mesma idade dele ligeiramente mais baixo e de cabelo comprido, um dos parceiros de divertimento de Ricastin e Ben, uma pessoa discreta e calma, tirando Ben era o único que também sabia dos sonhos de Ricastin. Chamava-se Drena, era de origem mónaca tal como o primo.
Passados mais cerca de cinco minutos a andar avistaram umas luzes, as quais concluíram ser o dito bar. Era um edifício relativamente pequeno, rés-do-chão, azul escuro, com as letras do nome do bar em itálico sobre a fachada em néon azul também.
O ambiente estava demasiado parado para um bar que acabara de abrir, mas mesmo assim o nosso grupo de amigos decidiu entrar.
Dentro predominavam de novo os tons escuros, a música era um metal gótico, quase satânico, encontrava-se apenas um grupo de cerca de 15 pessoas, que subitamente se calaram ao verem os nossos amigos a entrar. Pareciam pessoas vulgares, se não estivessem juntas dir-se-ia que não teriam sequer nada a ver umas com as outras. O próprio empregado do bar olhou-os com ar desconfiado e continuou a limpar copos. Subitamente Ricastin sentiu uma intensa dor de cabeça. Algo de estranho se passava naquele bar...

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Black and White


Em Filosofia ensinam-nos que o Homem é um ser biface, possui uma dimenção racional e uma dimenção animal, ou institiva. Frequentemente associamos a dimenção instintiva às acções menos correctas que realizamos, basicamente associamos o nosso lado negro ao instinto e tanto o fazemos que quando somos confrontados com os nossos erros, já temos a desculpa pré-concebida do "Agi sem pensar!".
É certo que nenhum de nós se pode autoproclamar como sendo um exemplo isento e correcto a ser seguido pela sociedade, todos possuímos o nosso "lado negro" e por muito estranho que possa parecer, grande parte das vezes é realmente a nossa dimenção racional, a dita razão que nos guia no nosso caminho, que nos conduz por esse "lado negro".
Culpam o egoísmo humano pelas nossas "negras acções", contudo se não for individualista, o indivíduo deixa de ser um indivíduo, como podemos constactar na raíz das palavras, logo por natureza um indivíduo já será individualista, o altruísmo, a generosidade e a partilha são factores que vão sendo aquiridos, consoante o meio que nos rodeia e a nossa capacidade de questionar o que nos rodeia. E tal é cada vez mais difícil de se atigir, pois vivemos cada vez mais num mundo submerso de individualidades, que são verdadeiros falsos ídolos, e de um egoísmo único em que já não importa os que virão no futuro, mas o prazer e mero conforto dos que estão agora.
Tudo isto para demonstrar que a maldade do ser humano, não é culpa do seu instinto, mas sim culpa da sua racionalidade que o leva a uma ganância desmedida e a uma ausência de escrúpulos fria.
Pensamos, mas nem sempre pensamos. O pensamento é simultaneamente a razão da nossa bondade e maldade. Contudo a ausência de pensamento torna-nos muito mais vulneráveis, aos que pensam por maldade e proveito próprio, em detrimento do bem-estar dos restantes.
Pensar é um acto perigoso e difícil.
Pensemos de forma isenta.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Guardião Desconhecido - Parte III

Ricastin tinha passado a noite em claro a pensar no seu último sonho, nos anteriores e de onde poderia ele conhecer Le Jo. Encontrava-se com uma enorme dor de cabeça, mas não podia, nem queria faltar às aulas. Lá saiu de casa, a pé, em direcção ao liceu como fazia todos os dias.
Ia caminhando pela rua, com tal dor de cabeça que mal conseguia ter noção do espaço que o rodeava, quando ao atravessar a rua apenas ouve um grito, "CUIDADO!", mal tendo tempo para se atirar para o chão e desviar-se de um carro que vinha a alta velocidade pela rua.
A pessoa que gritou veio a correr na sua direcção:
- Como estás? Magoaste-te?
Era Le Jo. Ao início Ricastin ficou meio atordoado com o sucedido e com a presença de Le Jo ali, ainda por cima tendo-lhe acabado de salvar a vida, que demorou uns segundos a responder o que quer que fosse até que com uma voz desajeitada lá respondeu:
- Obrigado, por me teres avisado. Felizmente foi só o susto. - e sorriu para Le Jo.
- Pareceu mesmo que o carro acelerou quando te viu! Há com cada maluco! Mas estás mesmo bem? - e retribuiu-lhe um sorriso.
Após ouvir as palavras de Le Jo, Ricastin apercebeu-se que se apoderou dele uma sensação estranha quando o carro se aproximou dele. Contudo ignorou, devia ser do sono com que se encontrava.
- Ah! A propósito, eu sou a Le Jo! Já nos conhecemos antes?
- Talvez já me tenhas visto, somos da mesma turma! - respondeu Ricastin, levando o seu pensamento para outro local.
- Deve ser disso...Mas mesmo assim tenho a sensação que já te vi antes...há muito tempo, parece...
- Para quem veio da Finlândia à pouco tempo falas um português perfeito! - disse Ricastin admirado com a claridade e fluidez na voz da rapariga.
- Pois...é que o meu pai é português, só a minha mãe é que é finlandesa. O meu pai recebeu uma proposta de trabalho e decidiu voltar às origens.
- Hum... ok. Eu sou o Ricastin. No meu caso é a minha mãe nasceu no Mónaco e o meu pai também é português, mas desde sempre que me lembro de viver em Portugal.
- Está certo. - disse Le Jo sorrindo - Já agora como é que sabias que era finlandesa?
Ricastin corou. - Um amigo comentou. - respondeu a medo.
- Ok - respondeu Le Jo, continuando a sorrir. - Eu ia para o liceu, podemos ir juntos?
- Claro! Com todo o prazer.
Nessa tarde, após a aula de Português, Ricastin decidiu perguntar ao professor mais uns detalhes sobre a lenda que ele contara na aula passada, contudo este ao ser abordado pelo aluno, teve uma reacção estranha como senão se lembrasse de nada do que tinha contado na aula anterior.
Ricastin saiu da sala com a cabeça num turbilhão. Aquela súbita perda de memória do professor não era normal. A não ser que não tivesse realmente sido o professor que lhes tinha contado a lenda. E ao pensar isto Ricastin lembrou-se do olhar que o professor lhe mandara na altura em que lhes contou a lenda. Desta vez queria voltar a ter outro sonho, no sítio disforme, pois tinha umas questões a colocar.
Contudo nessa noite nada sonhou...

domingo, 12 de julho de 2009

Baterias recarregadas

O dia de sábado e a manhã de domingo foram passados em Penacova, uma vila lindíssima, com uma paisagem apaixonante, quem adora natureza ama esta vila de certeza. Um fim-de-semana em contacto com a natureza e com pesssoas extraordinárias. Enriqueceu-me bastante e posso dizer que me colocou uma espécie de questão existencial na cabeça, mas até me faz bem pois gosto de pensar...



Depois no domingo á tarde nada melhor que ir ter com o pessoal da turma à praia. Uma tarde bastante divertida.

Concluindo, posso dizer que foi um fim-de-semana perfeito para colocar as ideias no lugar, ou até tirar algumas do seu devido posto, mas apesar de não ter tido um descanso físico próprio, posso dizer que adorei estes dois dias. Espero por mais idênticos, ou apenas com algumas semelhanças...
P.S. Tive também algumas ideias para continuar a minha "estória" :P

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Tesla

Tendo eu o Google como minha homepage hoje ao abrir o browser deparei-me com um novo logo dedicado ao aniversário de Nikola Tesla. E pensei porra eu devia estudar física e química, mas o cansaço não me permite, ou até permitiria algo, mas a motivação não ajuda, a necessidade pdoeria ajudar, mas as prioridades não se encontram bem definidas, ou talvez se encontrem em redefinição. Espero que tenha um bom fim-de-semana divertido e relaxante, para terça poder dar o meu melhor, ou pelo menos parte dele, a que as minhas energias me permitirem disponibilizar e a minha atenção me permitir relacionar e captar.

P.S. Quatro textos na Contacto da minha autoria, qualquer dia viro jornalista :D

P.S.2. As pedras de portas e janelas, para colocar á volta, estilo antigo, pesam para caraças! Os meus braços e costas que o digam! Só de pensar que ainda temos umas "paletezitas" por pôr no lugar ainda me dói mais o corpo. Bem preciso de um bom fim-de-semana. Pôr o corpo e as ideias em ordem.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

A small reflection

O corpo cansa-se. Fica exausto. A mente tenta manter o corpo sem cansaço. O cansaço ganha. O ser não resiste. Sucumbe. Recupera. Volta a funcionar no auge. Cansa-se de novo. Volta a sucumbir. A mente começa a cansar-se. Não aguenta o corpo. A mente e o corpo fundem-se. O corpo cansa-se. A mente fica exausta. A mente está em baixo. O corpo perde capacidade de resposta. O ser tenta repor tudo. Não consegue. Volta a tentar. Nova tentativa falhada. Sucumbe à necessidade de repouso. Descansa, mas o pensamento cansa-o. O corpo parece recuperado. Mas a mente cantinua exausta. O corpo recomeça o trabalho. A mente não o acompanha. O corpo perde coordenação. Repouso mais frequente. A mente começa a recuperar. O ser volta ao auge.

E tudo recomeça...

terça-feira, 7 de julho de 2009

Trabalhar para...

Se fosse um dia, uma semana, um mês, um trimestre, um semestre, ou até um ano, mas não foram 2 ANOS! 2 anos de trabalho e esforço...e para quê? Para vir a porcaria de meia dúzia de folhas, pouco mais, com umas letras escritas e estragar esse trabalho de 2 anos em 2 horas. Acho frustrante, mas pergunto para quê tanto trabalho e tanto tempo perdido? Ou terei utilizado mal esse tempo? Não estava preparado? Ou a preparação a mais traiu o artista? Para ser sincero não sei a resposta a nenhuma destas perguntas, nem se alguma delas é uma pergunta oportuna.
Passei o dia trabalhar e estou cansado, para já não me quero preocupar mais com uns meros gramas de celulose, que me estragaram o dia, mais propriamente o almoço. Ando cansado e não tenho andado com o melhor estado de espírito, isto apenas foi mais um prato do banquete. Bem esperemos que isto melhore... Tenho a segunda fase e a primeira do ano que vem. Tenho que me esforçar, sobretudo na do ano que vem, pois esta segunda fase não me irei importar muito. O trabalaho absorve-me quase por completo, não ando com cabeça para estudos, mas irei na mesma e rir-me-ia se sem esforço, superasse o resultado conseguido com tanto esforço. Rir-me-ia? Talvez ficasse com a ideia que o esforço não vale assim tanto a pena... Se calhar é assim... as coisas sem esforço devem ser mais fáceis de alcançar.

P.S. Notas:
Biologia e Geologia - 179 pontos (objectivo alcançado) - Nota final 19 valores
FQA - 160 pontos (muito à quem das expectativas) - Nota final 18 valores (após 2 anos inteiros sempre a 19's com 20's nos intermedios)

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Guardião Desconhecido - Parte II

Nessa tarde no final das aulas Ricastin e Ben encontraram-se para descontrair um pouco num café pacato da zona. Estavam degustando lentamente cada um o seu café quando Riscastin se lembrou da aula de Português dessa manhã, e perguntou a Ben:
- Lembras-te da lenda que o stor nos contou hoje?
- Vagamente...
- Não achaste estranho o stor ter falado em duas espadas e apenas ter refirido uma inserida na história?
- Para ser sincero nem reparei...
- Pois mas eu reparei e não foi só isso que me intrigou, cheira-me que o stor sabe mais do que conta...
- Oh meu! Deixa-te disso! 'Tás-te a passar ou quê? Aquilo foi só uma "historiazeca" para nos entreter. E para ser sincero, não achei nada de especial.
- Pois eu gostei e gostava de saber mais sobre essa lenda. - respondeu Ricastin absorvendo-se nos seus pensamentos. Ele tinha a sensação que algo se passava, mas nem ele próprio conseguia perceber o que era. Apenas sabia que se sentia "dentro" de algo estranho. «Estaria a ficar maluco? Com alucinações?» - pensou.
De repente a porta do café abriu e algo despertou a atenção de Ricastin... Era a nova aluna que Ricastin vira de manhã pela primeira vez.
- Já viste a nova aluna que temos na turma? Jeitosa, hein? - Perguntou Ben ao reparar no olhar de Ricastin sobre ela.
- Sim já vi, mas o mais estranho é que tenho a sensação de uma familiaridade estranha com ela. Nem lhe sei o nome, mas sinto que já nos conhecemos antes.
- Haha! - riu-se Ben - Estás apanhadinho por ela!
- Não é isso! Só não me parece estranha.
- Bem, se não te interessa também não te vou dizer as informações que sei sobre ela.
- Que informações?
- Ha! Afinal sempre existe aí algum interesse!
- Cala-te e conta-me o que sabes! - exigiu Ricastin - Se é que sabes alguma coisa!
- Claro que sei! Chama-se Le Jo, veio da Finlândia para cá com os pais, daí o seu tom de pele claro! Pena não ser loirinha como a maioria das nórdicas. - gozou Ben, pois a rapariga possui cabelos castanhos ondulados, tal como uns lindos olhos castanhos - Segundo sei o pai recebeu uma promoção qualquer aqui em Portugal e foi por isso que vieram.
- Como é que já sabes isso tudo?
- Tenho as minhas fontes mano. - Gabou-se Ben.
- Oh! Vai-te lixar. Bem já está a ficar tarde! Vou andando. Até amanhã.
- Vê se durante a noite tens algum sonho de jeito que possas contar. Esses últimos, já não metem tanta adrenalida como os primeiros. Vá até amanha.
Nessa noite Ricastin demorou a adormecer, pois a imagem da rapariga não lhe saía da cabeça. Tinha que compreender de onde lhe vinha aquela proximidade com ela. Seria daqueles sonhos estranhos que costumava ter? Era uma possibilidade... Mas ele nunca conseguia identificar ninguém em concreto nesses sonhos... Passado algum tempo sucumbiu ao sono.
- Outra vez este sítio estranho! - pensou Ricastin.
- Vemos que estás a ficar preparado. Em breve ser-te-á entregue a derradeira missão. - disse a mesma voz do sonho anterior, grave e serena.
- Mas que missão? Expliquem-me a razão destes sonhos! Estou a ficar maluco? - Rugiu Ricastin, já a ficar fora de si com tanta questão que lhe bombardeava a cabeça.
- A seu tempo saberás... Já te devolvemos tudo o que necessitas. A seu tempo serás avisado. - respondeu a voz.
- Mas avisado de quê? - Gritou Ricastin, começando a sentir o chão a fugir-lhe dos pés e de repente... acordou. Estava no seu quarto e a noite ainda ia longa. Tinha que dormir, mas não conseguia. Algo o intrigava, mais do que nunca...
continua...

domingo, 5 de julho de 2009

Preconceito

Hoje uma conversa fez-me recordar tempos dos quais não tenho grande orgulho e tento ao máximo não me recordar deles, mas hoje não consegui evitar...
Antes posso dizer que não era nenhum galã, ou algo que se parecesse, mas tinha as minhas aventuras, talvez se contem pelos dedos de uma mão, mas também não tenho uma vida tão longa assim, mas o que realmente me intriga é que após ter perdido o cabelo em todo o corpo, não por nenhuma doença, ou por algo que me limite, simplesmente a minha camada pilosa do corpo caiu, e também não sinto falta nenhuma dela, gosto mais de mim assim e até há quem diga que fico mais "interessante" assim, e quem me conhece sabe que sou uma pessoa perfeitamente normal (talvez não, porque penso...), mas posso dizer que após essa "perda", nunca mais tive nenhuma dessas ditas "aventuras", ou curtes como lhe quiserem chamar, (é certo que nos últimos tempos uma paixão não me tem levado por esses caminhos, mas refiro-me sobretudo a tempos antes disso) , nunca levei qualquer comentário ou pergunta mais preconceituosa a peito e praticamente nunca pensava nisso, ou evitava pensar, mas a verdade é que as vezes pensava, e ainda penso... Penso que o preconceito está em todos nós por muito que digamos que o não somos TODOS somos preconceituosos. Mas como disse sou superior a isso e tenho os meus amigos que sempre estiveram ao meu lado me apoiam e apontam os defeitos e esses sim são quem importa para mim...
Também nessas alturas, posso dizer que o divertimento momentâneo, no dia seguinte fazia-me sentir um vazio estranho em mim, mas parecia que assim era como os outros e era "rebelde". Para que se saiba nunca passei os limites de nada, apesar de tudo sempre fui responsável e respeitador, apenas metia conversa com elas e "pouco" mais.
A razão deste desabafo, estranho, foi que na conversa que tive me contaram uma das "estratégias" que cheguei a usar, sem se aperceberem.
Quando o fiz fi-lo por "dica" de outros, na altura era um "Maria vai com as outras", sem vontade própria só para ser como os outros. A ideia de me aproveitar de uma rapariga emocionalmente abalada, sendo carinhoso para ela, na altura pareceu-me tentador e posso dizer que lhe chamaram "alvo fácil". Hoje não o faria, mas na altura fiz...foi estranho pois no fundo a rapariga ficou com a ideia de um ser que esteve lá quando ela precisou, e no fundo um gajo não a tratou melhor que um objecto descartável. Nada de que me orgulhe e tenha gosto em lembrar, mas como disse uma conversa fez-me lembrar isto e tive que desabafar para algum lado, e nesta altura o blog foi o meu melhor parceiro de conversa.
Contudo, apesar de muita asneira que fiz, posso dizer que a minha maneira de ver a vida e tudo o que dela faz parte tem mudado bastante e continua em mudança contínua, e há coisas que não faço tensão de voltar a fazer.
Vou mudando, questionando tudo o que me rodeia...