sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Até sempre...

10 de Fevereiro de 1992.
Um grito ecoou pela Natureza.
Um novo ser… uma nova forma de vida despertou para o mundo.
Pequena para os Homens.
Grande para o mundo.
Os teus olhos abriram-se e o mundo como um raio de luz
Por eles entrou.
A forma de vida foi crescendo…
Tornaste-te no Tu que todos nós conhecemos e vamos recordar.
27 de Agosto de 2009.
Uma corrente gélida atravessou o mundo.
O sopro de vida foi levado.
A natureza chorou e por ti chamou.
Contudo não mais respondeste.
Descansa em paz Eva.

Saudades dos teus amigos que te adoram.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Pelas Terras de Bouro

Hoje tive o prazer de visitar o Gerês. Confesso que tinha saudades de tal beleza.
Sei que um dia muito pouco ou mesmo quase nada dá para aproveitar do que o Gerês tem para oferecer, afinal de contas é o nosso único Parque Nacional. Só a sua paisagem em si desperta-me algo que nem eu próprio consigo explicar, liberta-me de mim deste corpo mundano, faz-me sentir livre como um pássaro que voa e vai pousando de ramo em ramo. Contudo fiquei extremamente triste quando a minha pessoa constatou o quão porcas, imundas e desrespeitadoras podem ser as pessoas! Nem no único Parque Nacional de Portugal há respeito pelo ambiente?! Até aí conseguem poluir e desrespeitar tal beleza e harmonia da natureza?! Tal facto deixou-me desolado.
Não deixei de amar a visita pois a maioria dos locais por onde passei continuavam limpos e livres, com a sua harmonia característica. Sei que num dia pouco se pode fazer, mas desse pouco tentei desfrutar o máximo que pude. Percorri alguns trilhos pedonais (apenas pequenas secções pois o tempo era escasso), desfrutei do ar puro, dos sons dos pássaros a cantar e da água do rio a murmurar por entre as rochas, andar de barco a remos e observar todos os seres aquáticos presentes nas suas banais rotinas e como é obvio relaxei e diverti-me um pouco.
Falando agora do passeio de barco a remos, foi uma experiência extremamente agradável com a família, mas penso que seria uma experiência única para duas pessoas se conhecerem melhor, com um ambiente calmo, seguindo calmamente pelo lago, abstraídos do que os rodeia, sentido apenas o ar que inspiram e a presença um do outro. Mas como referi foi um passeio com a família.
Como da outra vez que lá passei era quase um "puto de mama" ainda, pouco recordo e muito desapareceu, desta vez dei outro valor a tudo o que me rodeava, tentei tirar fotos ao início para mais tarde recordar, mas acabei por deixar a máquina de lado e observar e deixar-me tocar por toda a beleza que me rodeava. Não há melhor registo que a nossa própria mente e as nossas sensações. Mas como é obvio tirei alguns registos fotográficos para mais tarde apreciar e recordar essas sensações.
Apesar de excelente esta viagem soube-me a muito pouco, e se tivesse oportunidade gostava de organizar um acampamento, num futuro não muito distante, com os amigos ou então um programa mais calmo com alguém especial quem sabe... Mas pensanso nos amigos que esses são mais prováveis XD Adorava que fizessemos uma semana de acampamento, com oportunidade para desfrutar das praias fluviais, andar de moto de água, fazer uma éspecie de jetski, mas numa grande boia, percorrer todos os trilhos pedonais e se possível os de BTT, fazer um raid pelo riacho que percorre a Serra, descer o rio de canoa, andar de barco, escalada, slide e muito mais que adoraria fazer pelas Terras de Bouro.
Uma zona apaixonante que deixa saudades a quem quer que por lá passe.




P.S.: Tem um excelente vinho verde :D

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

A menina dos meus olhos

Ultimamente a minha vida tem-se focado em ti, nesses teus lindos olhos, nas tuas feições ternurentas, no teu toque suave. Sei que não te desperto a atenção que queria, mas sinto que já nos damos suficientemente bem e que a nossa relação poderá evoluir bem. És branquinha e meiga, apenas acho que a tua mãe te devia dar mais liberdade, talvez ela tenha inveja...

Aqui está uma foto dela...

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É uma gata, não é? XD

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Holydays

Foram 414 horas, por mim registadas, em 43 dias de trabalho.
Muito suor, dores no corpo, mazelas quase diárias, noites mal dormidas e bastante cansaço. Tudo isto a pensar em quê? No futuro? Talvez, pois os meus pais não têm posses para me suportar o custo integral dos estudos quando for para a Universidade. Ganhei algum dinheiro, o qual tenciono guardar para esse fim, como é obvio vou gastar um pouco em pequenos "luchos", mas nada de mais, acho que também tenho direito a alguma, não direi "futilidade" porque não se aproxima de tal, mas talvez o direito a alguns "mimos", também não é o apropriado, talvez algum... não sei algo que gosto, mas nada de mais simplesmente vou comprar uma ou outra coisa que gosto, (algumas que preciso mesmo) sem gastar muito dinheiro, (mesmo assim já tenho direito ao sermão do "Agora estraga-o todo!").
Foi um trabalho duro, ganhei fama de "trolha", mas não me incomoda minimamente, trabalhar não é despreso nenhum, muito pelo contrário, se alguém está mal com tal que experimente. Pode ser que mude de ideias. A vida custa e às vezes (bastantes até talvez) penso que não fazia mal nenhum a uma ou outra pessoa que conheço terem noção disso para ver se saiam da enorme futilidade em que vivem e perderem a mania de que são superiores aos outros.
Considero que para um trabalho de férias ganhei bem (melhor que o ano passado). Como é obvio não vou referir valores aqui, po uma questão de princípio.
Desde alicerces, betão, blocos, tijolo, massa para vários fins, pedra de janelas, vigas, tijoleira, ferro, trabalho com diversas máquinas, telhados, betume e por aí fora. Algumas coisas já conhecia outras fui aprendendo. Algumas gostei bastante, outras nem tanto. Confesso que o primeiro telhado me atrofiou por completo, mas agora o segundo e último (dos trabalhos em que participei antes das merecidas férias) já me começou a despertar um certo "gosto", mas sempre com bastante cuidado e mesmo assim era pouco.
Tive alguns sustos e algumas "tatuagens" na pele, com as respectivsa dores associadas.
Passei por algumas obras, desde Louriçal (Rua dos Filipes), Torneira, Matas, Ribeira de Santo Amaro, Marinha das Ondas e finalmente Outeiro do Louriçal, todas com as suas particularidades.
Bem tudo isto para dizer que finalmente estou de Férias! O merecido descanço, acho eu... Agora quero aproveitar para descansar e me divertir, que em Setembro as aulas recomeçam...

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Guardião Desconhecido - Parte VI

- Onde estou? Que aconteceu? - perguntou Ricastin ainda com a cabeça a latejar, sem se aperceber que se encontrava no local disforme dos seus sonhos, ou pelo menos num muito parecido, pois desta vez tinha a certeza que se não estava a sonhar e estava bem acordado, devido à enorme dor de cabeça que sentia.
- QUE ACONTECEU? - berrou a voz dos seus sonhos, desta vez na forma de um homem de alguma idade, com o cabelo cinzento a puxar quase ao branco, com uns olhos e uma face que mostravam uma enorme experiência de vida, vestido com uma túnica branca, uma faixa lateral azul céu e umas sandálias de couro. - QUE ACONTECEU?! ISSO PERGUNTO EU! Nunca te tinhas comportado desta maneira! Nunca colocaste nenhum humano, nem mesmo a tua própria vida tão em risco! Não tiveste reacção! Das vezes que te encontraste com Cols Skernh ele fugiu sempre como um verdadeiro cobarde que é, e agora deixa-lo quase matar-te?! Tu não és o soldado infalível, intocável, destemido e frio que criei, ensinei e convivi ao longo dos tempos
- Por favor estou com uma dor de cabeça incrível, podia falar correctamente e de forma simples para eu entender? - disse Ricastin sem perceber uma única palavra do que o sábio homem acabara de pronunciar.
O homem suspirou, olhou em direcção ao infinito, e nessa altura pode ver-se nos seus olhos uma bondade e uma tristeza, aprofundada pelas rugas da face que mostravam a sua dura vida e sofrimento. Esteve um momento em silêncio, mas por fim falou, agora com uma voz branda, quase cansada:
- Sei que a tua última batalha quase te custou a vida e que perdeste grande parte dos teus poderes para os poderes salvar. - olhou na direcção dos amigos de Ricastin que também se encontravam naquele lugar completamente atónitos com o que estavam a assistir.
- Mas eu não me lembro de ele nos ter salvo. - protestou Ben meio a medo.
- Não me referia a vocês ignorantes, mas sim a toda a Humanidade! - respondeu o homem, tornando a sua voz rígida e áspera, deixando os amigos de Ricastin ainda mais assustados, apesar de estes sentirem dentro de si uma enorme sensação de segurança crescente. - Como estava a dizer - voltou à sua voz brande e cansada - a tua última batalha enfraqueceu-te imenso, e para evitar que desaparecesses tivemos que te transformar num humano, sem nunca alterar o que está dentro de ti, claro está. Sabíamos que era a única hipótese de recuperares todos os teus poderes, de outro modo seria o teu fim. - o homem suspirou, mostrando uma enorme tristeza na sua face. - Pensámos que aquela tinha sido a derradeira batalha, e que qualquer obstáculo que viesse a aparecer no caminho seria uma pequena pedra no caminho e que nessa altura já estarias recuperado. Contudo enganámo-nos redondamente! Nós, que supostamente somos donos e senhores do destino e fazemos com que a vida corra conforme o seu curso normal! - notava-se um certo sentimento de culpa nas palavras do homem e a mágoa dos seus olhos parece que aumentava. - Não é por mim, ou pelos que se encontram comigo é por todos os que encontram aqui na Terra. Tudo o que foi criado de forma gradual e se foi aperfeiçoando ao longo do tempo, tudo o que é gerido, para que não se forme o caos. Tudo isto se encontra em risco e o nosso soldado não está recuperado. Precisamos de ti para que o Escolhido tenha em posse todos os seus poderes para travar o que se avizinha. Eles tencionam aniquilar o escolhido antes de este voltar a ter acesso aos seus poderes. Como sabes, ou talvez não uma vez que ainda não recuperaste da amnésia que te induzimos para ser mais rápida a tua recuperação, também o Escolhido se encontra na mesma situação que tu, ou ainda mais fraco, receio eu. - notava-se uma enorme mágoa nos seus olhos.
- Mas... quem é esse Escolhido e que "soldado" sou eu, ou diz que sou? Era o senhor que se encontrava dentro do professor de Português? Ele está bem? Afinal que missão é essa e que perigos se aproximam? Que batalha supostamente travei eu? - Interrompeu Ricastin, subitamente recuperado da enorme dor de cabeça e com esta a fervilhar com questões sem resposta.
- A seu tempo saberás... Espero que em breve... Quanto ao teu professor de Português não era eu que estava dentro dele, eu não posso realizar tal habilidade, não existe humano capaz de me suportar como hospedeiro. Era Saulo que se encontrava nele. Posso dizer que era uma espécie de anjo da guarda como vocês lhes chamam na Terra. Contudo ao contrário que as vossas histórias contam cada pessoa não possui um ou dois ditos "anjos de guarda" a cuidar de si, o nosso número é bastante limitado e o vosso tem aumentado desmesuradamente. - respondeu calmamente o homem.
- Como está o professor de português? Eu tenho na memória um enorme clarão quando nos afastávamos do bar. Ele está bem? - Perguntou Ricastin preocupado.
- A sua alma está em paz num local bem mais acolhedor que a Terra, contudo o seu corpo terreno... - houve uma pausa que pareceu cortar a respiração de Ricastin e dos amigos - foi completamente vaporizado.
- NÃO!!! Como é que puderam!? Ele era um bom homem! Não tinha nada a ver com isto! - Gritou Ricastin sentindo uma enorme mágoa dentro dele.
- Eu sei... a culpa é nossa. Contudo não existe nenhuma guerra sem baixas. Como vocês dizem não se podem fazer omeletas sem partir ovos. Aproveitámos tua proximidade com ele para te tentar passar a mensagem e verificar se estavas apto. Se te consola posso-te garantir que está num lugar muito melhor que a Terra.
- Não tinham o direito! - lacrimejou Ricastin. Ben e os amigos aproximaram-se dele para o consolar.
- Bem a minha parte por agora está cumprida. Estão sãos e salvos. Vou vos enviar de volta para casa.
- Espere! - disse Ricastin - Que sítio é este e quem é você? Eu já cá estive nos meus sonhos!
- Pode-se dizer que é uma Zona de Transição. - Respondeu o homem.
- Transição de quê? - indagou Ben. Mas não obtiveram resposta pois sentiram-se a serem sugados daquele lugar.
Ricastin acordou de sobressalto. A cabeça doía-lhe ligeiramente. Tinha a vivência da noite inteira na cabeça. Mas terá sido mais que um sonho? Um pesadelo? Convencido que tinha sonhado levantou-se para tomar o pequeno-almoço.
Ao chegar à cozinha ligou a televisão para ver as notícias matinais.
Encontrava-se tomando o seu pequeno-almoço descansadamente quando algo lhe chamou tanto a atenção na televisão que teve que cuspir a comida que tinha na boca para não se engasgar.
- Notícia de última hora! O Bar Black Light recentemente aberto foi alvo de uma explosão violentíssima tendo arrasado por completo as instalações e a zona circundante do bar. Até ao momento contam-se dezoito vítimas mortais, suspeitando-se que entre elas se encontra um professor de Português da escola D. Franscisco De Avis, pois foi possível identificar a matrícula do seu carro junto ao local. Contudo os corpos não estão identificáveis... - a pivot fez uma pausa e engoliu em seco - Apenas se tem a certeza de dezoito vítimas mortais, pelo identificação de dezoito tipos de DNA diferentes em pedaços de corpos recolhidos...- voltou a fazer uma pausa. - Os corpos foram literalmente vaporizados. - A pivot saiu do estúdio a correr bastante aflita, talvez mal disposta.
Mal acabou de ouvir a notícia Ricastin ouve o telemóvel tocar. Era Ben.
- Por favor diz-me que estou a sonhar! - Gritou-lhe Ben ao telémovel! - Tu viste as Notícias? Nós estivemos lá! Que raio aconteceu ontem? Alguém me explica algo?
- Calma. Eu sei tanto como tu. Também acabei de ver a notícia agora. Não te consigo adiantar mais que o velho homem nos disse.
- Velho homem? Qual homem é que falas? - perguntou Ben meio admirado.
- O homem que... - Ricastin fez uma pausa e apercebeu-se que apenas ele se recordava da passagem pelo lugar disforme dos seus sonhos - Nada esquece foi confusão minha. Deve ter sido da bebida. - fingiu o riso
- Da bebida? Mas tu não bebeste nada! Bem que estavas esquisito, mas não te vi beber nada. - respondeu Ben bastante desconfiado.
- Mas bebi acredita. Não muito, mas sabes como sou, pouca bebida afecta-me bastante. voltou a fingir o riso.
- Está bem. Podemos encontrar logo à tarde para falarmos disto? Sinto-me confuso. - Pediu Ben.
- Hum.. Não, não posso! Tenho coisas combinadas com os meus pais. Desculpa tenho que desligar. - Desligou o telemóvel e pôs a mãos à cabeça em acto de desespero. Encontrava-se num meio de uma teia traiçoeira e perigosa, sem saber o que fazer. Lembrou-se da noite em que supostamente recebera um dito testemunho, a luz e a espada. Mas onde se encontravam esses objectos? Se é que se tratavam de objectos. Provavelmente não passou de mais um sonho sem significado. Ou não...

sábado, 1 de agosto de 2009

É crescer para aprender...

Foram os anos do Ricardo. Uma pessoa 5 estrelas, um amigo de borga altamente, com ele a diversão e garantida. Começámos com um jantar no Caseiro. Nunca estive num jantar em que servissem tanto vinho verde! Só a minha conta perdi a conta ao que bebi, abusos atrás de abusos. Então com o cansaço do trabalho e da falta de descanso em cima comecei a sentir as entranhas a ressentirem-se. Fomos para o Golden Bar, acabadinho de reabrir. Nessa altura já estava mais que podre que eu sei lá. O Joni lembra-se de me pagar um shot. Não sei que shot era escorregou sem problemas. Entretanto comecei a entrar num estado de quase dormência. Fui directo à casa de banho e tive o "privilégio" de estrear a nova WC masculina do Golden com o meu vomitado -.-. O mais deprimente foi pedir desculpa ao empregado que entrou para limpar a porcaria e ele responder "Não faz mal!" num tom mais calmo que eu sei lá (ossos do oficio provavelmente). Senti-me um perfeito otário. Tanto abuso para quê? Para deitar cá para fora os "10 euros" do jantar? Para ficar com uma dor de cabeça e de barriga descomunal? Para ter faltado hoje ao trabalho? e sei lá que mais...
O culminar da noite, o meu "ground zero", foi chegar a casa e vomitar instantaneamente, mal entro na casa-de-banho, com a minha mãe a expectadora. Não me esqueço das palavras dela: "Faz-te bem que é para aprenderes que o corpo não é de ferro! Ai queres borga?! Agora aguenta-te!" (apesar disto, mesmo assim fez-me um chá para acalmar o estômago). Durante a noite os efeitos foram continuando, tipo alucinações e suores. Hoje de manhã para além da recordação deprimente de tal abuso, guardo também uma ressaca descumunal.
Lá está "É crescer para aprender!" e aprender com os nossos erros. Digo que não fiquei com vontade nenhuma de repetir a dose, graças a tal embriaguez posso dizer que não aproveitei em nada diversão da noite.