sábado, 23 de janeiro de 2010

Solidão acompanhada

Dizem que o ser humano é um ser sociável, que necessita de companhia. Eu não fujo à regra. Geralmente encontro-me rodeado de pessoas que adoro, pessoas excelentes. Contudo, por vezes, sinto que me falta algo, alguém. Não falta de amigos, mas a falta daquela pessoa que me ocupe o pensamento, que me deixe feliz só de estar com ela, que eu perca tempo só para lhe dar um beijo de boa noite, que os nossos olhos brilhem só ao se cruzarem, alguém que partilhe um mundo nosso esquecendo o que nos rodeia.
Alguns pensarão que estou apaixoando por alguém. Não. Outros que sou um prevertido. Também não. Simplesmente tenho saudades de ter uma rapariga que me faça realmente feliz.
O propósito disso? Nem eu sei explicar. Todos falam em pessoas certas, mas por vezes nem as erradas se revelam.
Devo ter sido do mais fútil neste momento, mas todos temos direito a estes momentos, acho.

3 comentários:

  1. Contrariamente à tua frase final, eu discordo. Não, não acho ter sido fútil, acho ter sido humano (mas o humano não é fútil? é). Não importa, porque eu não acho fútil. Digamos que depende dos humanos e para cada uma o seu grau de futilidade, e lendo isto em ti eu não acho fútil, não por seres tu, mas por seres como és. Não por ser uma crítica à tua personalidade, mas pelo facto de achares futil aquilo que pouca gente considera fútil. Eu não acho fútil precisarmos de alguém, acho até que todos precisamos, uma vezes mais uma vezes menos. Foste explícito. É a diferença. ;)

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  2. Não se trata de futilidade tal como já te disseram... Acho que não ter ninguém para amar é provavelmente ainda pior do que amar sem que nos amem por isso compreendo perfeitamente todas as tuas palavras. O mal não está em ansiar por esse sentimento, em deseja-lo e esperar que chegue... O mal está nas pessoas que o confundem, que o conspurcam e que fundamentalmente o corrompem, o mal está nas pessoas que o usam, isso sim tem pouco valor.
    Qualquer dia vou tirar uma licenciatura em amor porque é a única temática que por muito que se diga há sempre mais para dizer, mais para aprender e descobrir. O amor é como um livro inacabado. Mas certas coisas já aprendi, e uma delas é que o amor é uma questão de probabilidades, de sorte, de acontecimentos, com uma ajudinha do destino para quem acreditar. Ela está a correr para ti, vem o mais depressa que pode. Se calhar já a conheces, já te cruzaste com ela, já trocaram olhares, ou então vivem a quilómetros de distância e apesar de já terem estado no mesmo sítio e no mesmo dia não foi à mesma hora. Mas pode ser que um dia, por mera sorte, o despertador não toque e quando fores a correr atrasado para o autocarro ela esteja na paragem… O amor é mesmo assim, está onde nunca se supõe e aparece quando é menos provável. Existe a pessoa certa, e quando a encontrares este tempo todo vai valer a pena, os erros do passado vão valer a pena, o facto de desejares tê-la agora vai deixar de soar a ninharia, e a vida toda vai fazer muito mais sentido. Não procures, espera.

    Beijinho*

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  3. Eish ! Desculpa o tamanho... quando se fala em amor eu fico entusiasmada :)

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