segunda-feira, 20 de julho de 2009

Guardião Desconhecido - Parte IV

Há mais de uma semana que não tinha nenhum dos seus sonhos estranhos, e pela primeira vez sentia uma inquetação por não os ter, ao invés do que acontecia anteriormente. Sentia-se como que perdido... Se pelo menos tivesse algo que o ilucidasse. Estava-se a dar lindamente com Le Jo, mas continuava sem perceber de onde vinha aquela sensação de que já a conhecia antes e a estranha e súbita perda de memória do professor de Português continuava a intrigá-lo. Definitivamente precisava de espairecer e ver se tirava todas estas questões da cabeça nem que fosse apenas por breves momentos. Decidiu ligar a Ben para combinar uma saída nesse fim-de-semana. Decidiram ir a um novo bar que iria abrir esse fim-de-semana, graças a uns contactos de Ben. Ricastin achou estranho não ter ouvido falar sequer de um bar para abrir nas redondezas, mas como queria era sair, não questiou nada e ficou combinada a saída.


Entretanto lembrou-se de ir procurar à Internet sobre a lenda que o professor lhe contara, mas por estranho que parecesse não encontrou nada sobre a lenda em específico, o que o intrigou ainda mais. Teria o professor inventado aquela estória toda só para os entreter?



Chegou o fim-de-semana e Ben, Ricastin e mais dois amigos lá foram ao dito bar que iria abrir nessa noite.


Foram os 4 a pé pois pelas informações de Ben o bar era relativamente perto. Contudo passado cerca de vinte minutos a andar Ricastin perguntou:

- Tens a certeza que é por aqui? E já agora como é que se chama esse dito bar?

- Tenho, pelas indicações que me deram era por aqui. Chama-se "Black Night". Já disse foi um dos meus contactos.
- Tu e esses teus contactos... Cada vez confio menos neles, isto claro está, se existirem!
- Ricastin! Por quem me tomas? Não confias no teu amigo? - respondeu Ben fingindo a indignação.
- Por ser teu amigo é que sei... Quem não te conhecer que te compre! Mas falando sério tens a certeza que é por aqui? É que um bar por estas zonas duvido mesmo que venha a ter clientes suficientes para ter lucro. Isto é uma estrada sem movimento e uma zona desabitada!
- Epa eu acho que segui bem as instruções... Devemos estar mesmo a chegar!
- Espero que sim! - disse um dos amigos que até agora tinha estado calado, era primo de Ricastin, da mesma idade dele ligeiramente mais baixo e de cabelo comprido, um dos parceiros de divertimento de Ricastin e Ben, uma pessoa discreta e calma, tirando Ben era o único que também sabia dos sonhos de Ricastin. Chamava-se Drena, era de origem mónaca tal como o primo.
Passados mais cerca de cinco minutos a andar avistaram umas luzes, as quais concluíram ser o dito bar. Era um edifício relativamente pequeno, rés-do-chão, azul escuro, com as letras do nome do bar em itálico sobre a fachada em néon azul também.
O ambiente estava demasiado parado para um bar que acabara de abrir, mas mesmo assim o nosso grupo de amigos decidiu entrar.
Dentro predominavam de novo os tons escuros, a música era um metal gótico, quase satânico, encontrava-se apenas um grupo de cerca de 15 pessoas, que subitamente se calaram ao verem os nossos amigos a entrar. Pareciam pessoas vulgares, se não estivessem juntas dir-se-ia que não teriam sequer nada a ver umas com as outras. O próprio empregado do bar olhou-os com ar desconfiado e continuou a limpar copos. Subitamente Ricastin sentiu uma intensa dor de cabeça. Algo de estranho se passava naquele bar...

1 comentário:

  1. A tua estória começou a fazer-me lembrar uns livros de Lynne Ewing, "A Deuse da Noite" e "Fogo Frio"... Sabes que começou a diexar-me curiosa. Quando nenhum dos amigos tinha a certeza da localização do novo bar, quando isso começou a ser descrito eu comecei a pensar "Eles vão a um bar onde o Ricastin se vai sentir incomodado, e isso irá ter uma relação com os seus sonhos." A primeira parte está concluida e imaginada com sucesso, da minha parte. Estou a gostar muito, Aragorn! :D Continua com isto.

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