quinta-feira, 2 de julho de 2009

O Guardião Desconhecido

Como disse vou começar a escrever a dita estória para me entreter. Cá vai a 1ª parte.

- Onde é que eu estou? Que sítio é este? Tudo parece disforme e baço...estranho. EI! ESTÁ AÍ ALGUÉM?
- Nós estamos aqui. Já te esperávamos há muito, não costumas aparecer tão tarde nem ter essa reacção. - Soou uma voz grave, mas serena.
- Hein? Chegar tarde? Reacção? De que é que estão para aí a falar? Digam-me onde estou, quem são e o que faço aqui! - Exigiu o rapaz com tom austero, mas a apresentar sinal de receio.
- Tu sabes a razão de aqui estares. Já cá estiveste anteriormente. Nós precisamos de ti...de novo! - respondeu a voz serena.
- Bem isto deve ser uma brincadeira! Seja lá quem for e onde esteja, diga-me o que faço aqui!
- Já te disse nós voltámos a precisar de ti, vamos te voltar a entregar o testemunho, a luz e a espada.
- Oh meu Deus! Pare de gozar comigo e diga-me onde estou!
- Das vezes que cá estiveste nunca fizeste tantas perguntas! Que se passa contigo?
- Mas eu nunca aqui estive! E não posso fazer perguntas? É proibido? Não se pode pensar?
- Claro que podes, mas tu nunca vacilaste antes! Pensavas de forma fria e rápida és o nosso soldado!
- Soldado!? Por favor... esclareça-me!
- Desculpa filho, mas não te posso dizer mais nada tu terás de te lembrar. Vou-te entregar o que me compete.
- Mas...espere!
E uma enorme luz branca abateu-se sobre o rapaz!

O rapaz Ricastin, um rapaz de origem mónaca alto, de olhos esverdeados, com um ligeiro bronze na pele, acordou de sobressalto, com uma enorme dor de cabeça e disse para si mesmo:
- Porra! Mais um daqueles sonhos estranhos...mas este...foi diferente, e não só o sonho, também eu me sinto diferente! Pareceu tão...real! Bem...o Ben vai gostar de mais uma estória para lhe contar...

Ao chegar ao liceu o rapaz foi logo ter com o seu amigo, e claro contou-lhe o seu novo sonho.
- Oh! Pensei que tivesse sido outro daqueles sonhos cheios de acção onde tu entras, desiludiste-me com esse.
- Sabes bem que os sonhos não se controlam! Vamos mas é para as aulas! Que as tuas desilusões nunca passem disto!
E partiram em direcção à sala de aula. Apesar de ter hesitado Ricastin decidiu não contar o sonho integral nem como se sentia estranho. Afinal não queria preocupar o amigo, mas num futuro esta ausência da verdade quase que lhe vai custar o amigo...

Entraram na sala de aula. Era uma aula de Português e estavam a dar simbologia, quando o professor por mero acaso ou não, a meio de um texto poético que refere uma espada lendária, interrompe a leitura e começa a falar:
- Pois bem... Vocês são um turma curiosa vou-vos contar uma lenda sobre uma espada, ou melhor duas espadas! Provavelmente nunca a ouviram e dificilmente a voltarão a ouvir, e a aprte que conheço é bastante reduzida e despida de pormenores, mas cá vai. Segundo sei da lenda existe um escolhido que possui um poder quase infinito, mas devido ao receio que o escolhido não conseguisse controlar esse poder, foram-lhe apagados da memória todos esses ditos poderes, menos um que segundo dizem é o maior e mais poderoso de todos. Contudo após lhe terem sido retirados esses poderes o escolhido ficou vulnerável e foi necessário um guardião para o proteger. Esse guardião segundo dizem possui um poder quase equiparável ao do escolhido, mas bastante mais limitado, mas, ao contrário do escolhido, esse guardião possuía pleno uso dos seus poderes.
- Mas onde é que entram as espadas stor? - interrompeu um aluno impaciente.
- Calma. Os poderes do escolhido foram todos "guardados" numa espada e essa espada apenas pode ser libertada se o escolhido tiver acesso ao núcleo da espada do guardião. Não sei se o escolhido alguma vez teve acesso aos seus poderes por inteiro, mas dizem que quando o verdadeiro mal vier o guardião aparecerá para preparar o escolhido para nos salvar. Reza a lenda que tal já aconteceu no passado mais que uma vez, mas devido ao perigo que o enorme poder do escolhido representa, o guardião tem enfrentado todas as batalhas, protegendo o escolhido e todos. Claro está que não passa de uma pequena estória para entreter adolescentes curiosos como vocês, mas achei que gostariam de a conhecer.
Ao acabar de falar o professor enviou um olhar de cumplicidade a Ricastin e voltou para a aula, contudo foi interrompido por Ben.
- Stor, que poder é esse que o escolhido possui sempre e é o mais poderoso de todos?
- O poder de pensar meu filho...o poder de pensar.
A turma riu-se toda menos Ricastin e uma nova aluna que estava sentada ligeiramente à sua frente. Ricastin reparou nela e sentiu um arrepio. Nunca a tinha visto...ou já?

Continua

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