quinta-feira, 23 de julho de 2009

Rainbow

Subitamente o céu foi invadido, por enormes massas cinzentas. Seriam cérebros alados? Não o aparentaram ser. Acompanhando o céu formações esféricas de um aglomerado líquido sigaram-no em direcção ao solo. Como um meteorito, uma poeira espacial, a solução aquosa atingiu tudo o que de mais terreno existe. Uma ténue força atingiu a esfera, parecendo ténue graças aos castelos e muralhas que lhe barravam o caminho. A onda penetrou a solução aquosa como uma lança afiada, sendo estilhaçada no seu interior e expelindo todo o seu saque, numa tentaiva de o salvar, contudo o saque dissipou-se. A porta do castelo ficou escancarada, mas após toda a batalha todo o castelo ruiu.
Finalmente uma ténue gota atingiu o meu corpo terreno, vi a abóbada enorme e perfeita do arco-íris, pensava em algo, meras gotas de chuva e uma ténue luz que espreitava por detrás da enorme muralha eram simples, mas fizeram duas esferas ligadas a uma alma parar e serem tocadas por tão simples mas bela obra da natureza. Pensei, repensei, observei, senti e a obra desvaneceu-se. Contudo o meu ser interior registou-a.
Voltei à rotina debaixo de pesadas massas aquosas, sentindo que algo ficou para trás.

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